A perspectiva para o principal índice da bolsa brasileira para 2024, o Ibovespa, é positiva, basicamente pela fundamentação da continuidade da redução da taxa de juros e de suas consequências para a atividade econômica no médio e no longo prazo. Além disso, estamos com um cenário internacional que pode contribuir positivamente para essa perspectiva, dado que a fase mais restritiva das condições financeiras implementadas pelos BCs para redução dos índices de inflação parece ter ficado para trás.
Nesse aspecto é possível que tenhamos o início de corte na taxa de juros das principais economias do mundo, o que também traz um panorama positivo para os ativos de riscos.
Como o Brasil começou esse processo de ajuste nas taxas de juros antes que outros países, acreditamos que a desaceleração econômica, reflexo dessa fase restritiva, deva também ser observada antes, o que é decisivo para as empresas brasileiras. Portanto, esperar que o Ibovespa termine 2024 num intervalo entre 140 e 150 mil pontos é possível, dadas as condições destacadas anteriormente. É importante ressaltar que essa perspectiva não significa que não tenhamos volatilidade no mercado de renda variável, com a percepção dos agentes econômicos sobre a precificação momentânea dos ativos.
Nesse sentido, os investidores devem buscar os melhores ativos que possam contribuir para que, dentro do seu perfil de risco, alocar ativos que se enquadrem nessa perspectiva de melhoria na precificação dos ativos de risco. Essa escolha de ativos não é trivial e precisa ser acompanhada de forma próxima, entendendo os fundamentos locais e internacionais, e, não menos importante, os fundamentos de setoriais e corporativos que se enquadrem na expectativa dos investidores.
* Mônica Araújo é estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP
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