Vitru, controladora da Uniasselvi, levanta US$ 96 milhões e mira expansão

Assim como suas aulas à distância, a Vitru Educação, controladora da Uniasselvi, fez a estreia de suas ações na bolsa norte-americana Nasdaq também de forma “online”, com a tradicional batida do martelo, que marca o início do pregão do dia, realizada de forma virtual.

O presidente da Uniasselvi, Pedro Graça, garante que mesmo de longe – assistiu a cerimônia de Florianópolis, onde fica a sede da empresa -, a emoção foi muito grande.

Segundo o Estadão, a Vitru captou em uma oferta integralmente primária US$ 96 milhões. E a abertura de capital foi trabalhada por alguns anos, até tendo em vista o perfil de seus sócios, os fundos de private equity Vinci Partners, Carlyle Group Inc e Neuberger Berman.

Com os recursos em caixa, a meta agora é crescer, conta Graça, para quem algumas aquisições podem ocorrer, até porque nos últimos anos o ensino a distância – ou simplesmente EAD – cresceu muito no Brasil, com o surgimento de diversas empresas.

Como para o EAD escala é fundamental, é natural que algumas dessas empresas acabem sendo vendidas.

Mas a estratégia, segundo ele, passa por aumentar o portfólio de serviços, e está na mira oferecer cursos técnicos e algo focado para a preparação do primeiro emprego.

Também está dentre os objetivos crescer o leque dos cursos de pós-graduação e, nesse caso, aquisições podem fazer sentido.

Estratégia

“O EAD vai acelerar. Antes da pandemia já havia mais alunos se inscrevendo no EAD do que no presencial. E agora, com a pandemia, ajudou a desmistificar o ensino a distância”, comenta o executivo, lembrando que para controlar a disseminação do vírus, instituições de ensino por todo o país tiveram que adotar as aulas online.

O fator negativo é que muitas escolas e universidades, pegas de surpresa, não lançaram aulas online no melhor formato e que isso pode arranhar, desse lado, o EAD para alguns alunos, que tiveram uma experiência ruim.

A pandemia, segundo o presidente da Uniasselvi, acabou atrasando um pouco a oferta, mas a decisão depois foi seguir em frente. A oferta marcou a primeira empresa de Santa Catarina a abrir capital na Nasdaq, e a sexta do Estado a ter capital aberto.