CVM estuda mudar regras de classificação do investidor qualificado; descubra o novo perfil

A proposta surgiu após uma pesquisa mostrar que os investidores do varejo também têm interesses em produtos financeiros alternativos

Nesta quarta-feira (21), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou que está estudando a possibilidade de alterar as regras que  identificam um investidor como qualificado.

A norma anterior classificava como um investidor qualificado aqueles que obtinham mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras. Com a mudança, o valor pode reduzir para R$ 627 mil.

A discussão se deu após uma pesquisa da autarquia constatar que os investidores do varejo podem apresentar um amplo interesse por ativos de maior risco, assim como, produtos financeiros alternativos. 

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Novas Regras

De acordo com a CVM, a classificação de um investidor qualificado dá acessos diferenciados. Entre eles, aplicações indisponíveis para o varejo, como fundos de investimento em participações, que aplicam em empresas de capital fechado.

Portanto, a mudança pretende abranger investidores com baixo patrimônio, porém, com rendimento mensal de R$ 15 mil. Além disso, aqueles com capital de R$ 627 mil investido também entrariam no perfil. 

Desse modo, os investidores que se encaixam em um dos perfis, ou nos dois ao mesmo tempo, entrariam na qualificação e teriam acesso aos privilégios da categoria.

Imagem do prédio da CVM

Embasamento em pesquisa

A proposta da mudança surgiu após uma pesquisa feita pela própria CVM. Divulgada no fim de 2020, os dados constataram que investidores do varejo estão dispostos a correr mais risco, assim como possuem cada vez mais interesse por produtos financeiros alternativos.

Em suma, a pesquisa ouviu cerca de 5 mil investidores. Sendo assim, 46% deles declararam estar pouco satisfeitos com os ativos disponíveis no mercado.

Além disso, a análise revelou que estes buscam alternativas de investimentos em criptomoedas, ativo que ainda não é regulamentado pela CVM. Da mesma forma, muitos investem no exterior, através de contas abertas em outros países.