Os conceitos de líder e chefe foram amplamente difundidos, especialmente no LinkedIn, principal vitrine do mundo corporativo.
A afirmação é de João Bizzarri, cofundador da SkillHub, para quem embora muito se fale sobre as virtudes que diferenciam um bom líder de um mero chefe, há outro tópico importante sendo constantemente negligenciado nestes debates.
“Uma pesquisa feita pela Michael Page mostra que 8 em cada 10 profissionais pedem demissão por causa dos chefes. Já chegou o momento de pararmos para pensar o que está faltando no mindset de quem deveria guiar uma equipe ao sucesso”, disse.
E acrescentou: “como agir na raiz do problema? Bom, se constantemente batemos na tecla da importância de treinar e desenvolver os colaboradores, por que não investir, também, no desenvolvimento de quem lidera um time? Afinal, a evolução é um processo necessário e natural do ser humano, e com as constantes mudanças da rotina no último ano,algumas necessidades ficaram ainda mais à mostra. De acordo com o Google, as buscas por temas relacionados a transtornos mentais aumentaram 98% em 2020, em relação à média dos dez anos anteriores.”
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Soft Skills
O executivo acrescenta que além do estresse causado pelo dia a dia no trabalho e pelas responsabilidades em gerir pessoas, há ainda fatores externos que prejudicam o rendimento dos profissionais em cargos de liderança, refletindo em suas ações e até mesmo em seu relacionamento com o time.
Neste cenário de profundo estresse e inconstância, tirar um tempo para desenvolver habilidades comportamentais (soft skills) pode ser uma válvula de escape muito eficiente. Se a vida não é só trabalho, por que devemos apenas nos preocupar com habilidades para preencher o currículo? As soft skills também precisam ser desenvolvidas, incentivadas e compreendidas como requisitos fundamentais para uma convivência harmônica no escritório e fora dele.
“Experimente dar autonomia aos líderes da sua organização para que eles escolham o que, quando e como querem aprender. Mais do que isso, enxergue sua equipe como indivíduos com necessidades e habilidades distintas, que precisam apenas de um incentivo para serem potencializadas. Assim, quem sabe, conseguimos deixar as estatísticas um pouco mais otimistas em relação às lideranças brasileiras e aumentar o engajamento e a satisfação dos funcionários. Afinal, chefes são profissionais que lidam com terceiros o tempo todo, e precisam aprimorar habilidades comportamentais para melhorar o relacionamento com o time”, disse.
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