“O contexto era muito parecido com o atual. O novo governo que havia acabado de assumir estava focando em endireitar as contas públicas e priorizando a reforma da previdência”
O preço da moeda americana é bastante sensível as expectativas sobre o país. Em 2017, com a reforma da previdência do governo Michel Temer tramitando no congresso, a moeda americana chegou aos R$ 3,10 e o corte de gastos era menor que o proposto por Bolsonaro. “O contexto era muito parecido com o de atualmente. O novo governo que o ex-Presidente Temer havia acabado de assumir estava focando em endireitar as contas públicas. Então, na verdade é um cenário bem próximo com o que temos agora”, disse o Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, sobre essas variações da moeda americana e a semelhança com o cenário econômico de 2017.
Atualmente a moeda tem o valor próximo aos R$ 3,90 o que deixa em aberto a possibilidade dessa cotação ainda ter espaço para grandes quedas. De acordo com Bergallo, se considerarmos um cenário internacional semelhante, os efeitos mais impactantes seriam internos. “Podemos perceber então como o mercado precisa da reforma e se as coisas se ajeitarem o preço da moeda irá cair. O contexto internacional de 2017 é muito parecido com o de agora, então realmente estamos falando do cenário doméstico. O momento é de cautela. Não se sabe ao certo como essa reforma vai ser aprovada e se ela atenderá as expectativas dos investidores. Para que a reforma tenha sucesso é necessário economizar algo próximo de R$ 1 trilhão em dez anos”, disse.
O dólar
O dólar iniciou a semana operando em queda, com o mercado olhando muito atencioso para o avanço da reforma da previdência na CCJ. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem uma votação marcada para essa quarta-feira (17), onde fica definido a constitucionalidade do projeto. Além disso, temos o recente cancelamento do reajuste de 5,7% do preço do diesel, o que gerou um encolhimento de R$ 32 milhões de valor de mercado na empresa brasileira. “Outra questão importante no cenário atual é a discussão da política de preços da Petrobras. A interferência no preço do combustível deixa os investidores em dúvida sobre até que ponto o Governo irá intervir nos mercados, o que pode deixar os investidores ainda mais cautelosos”, concluiu Fernando.
Sobre a FB Capital
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