O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 4,7 pontos em junho, para 80,9 pontos, maior valor desde novembro de 2020 (81,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 4,2 pontos após seis meses consecutivos de queda.
“A confiança dos consumidores segue trajetória de recuperação pelo terceiro mês consecutivo. Sob a ótica das famílias, a percepção é de melhora da situação atual e também das perspectivas futuras. Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda.”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
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Consumidor
Em junho, houve melhora tanto da percepção dos consumidores sobre o momento atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, para 71,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 5,9 pontos, para 88,3 pontos, ambos atingem o maior patamar desde novembro de 2020, mas ainda baixo em termos históricos.
Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral aumentou 2,8 pontos em junho, para 76,7 pontos, maior valor desde março de 2020 (82,1). O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 2,9 pontos, para 67 pontos, retornando ao maior patamar novembro de 2020.
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Expectativas
Com relação às expectativas, o indicador que mede o ímpeto de compras para próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em junho ao subir 11,1 pontos, para 64,6 pontos, maior nível desde novembro de 2020 (69,5 pontos).
No entanto, o indicador ainda se encontra em patamar consideravelmente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia de Covid-19. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do indicador para compras previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.
O indicador que mensura as perspectivas em relação à situação da economia alcançou o maior valor desde fevereiro de 2020 (116,9) ao subir 3,5 pontos, para 113,1 pontos. Com respeito às perspectivas para a situação financeira das familias nos próximos meses o indicador aumentou 2,4 pontos, para 88,8 pontos.
A análise por faixas de renda revela melhora da confiança em todas as faixas de renda, com destaque para os consumidores com maior poder aquisitivo com renda acima de R$ 9.600,00, cujo ICC aumentou 4,6 pontos para 89,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020.