A KPMG realizou um levantamento analisando os quatro padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano de início da pandemia da covid-19.
Segundo o estudo, o setor de Infraestrutura está seguindo padrões distintos de retomada após 1 ano de pandemia. Os segmentos de aeroportos e aviação estão na etapa “reiniciar”, em função da queda na receita de passageiros e cargas.
Os segmentos de rodovias e transporte urbano de passageiro estão na etapa “retorno ao normal”, em razão da queda na demanda. Já o segmento de transporte de cargas e construção civil estão na fase de “crescimento”, com o aquecimento destes mercados.
“Observamos que o segmento de construção civil focado em edificações se recuperou principalmente em função das baixas taxas de juros. Famílias estão preferindo investir sua poupança na troca da residência ou em fundos imobiliários. Por isso, há recorde de lançamentos imobiliários e elevado número de empresas considerando e fazendo abertura de capital. Em transportes e logística, em especial em algumas concessões de rodovias, há tendência de judicialização de contratos para desobrigação de continuidade de obras, reequilíbrio econômico-financeiro de contratos e devolução de concessões. Por outro lado, grandes investimentos estão sendo feitos em ferrovias, portos e rodovias impulsionados pela necessidade de exportar ´comodities´. As soluções digitais terão avanço mais rápido para integração de modais e criação de novos modelos de negócios para transporte de carga e passageiros”, afirma André Marinho, sócio-líder do setor de Infraestrutura da KPMG no Brasil.
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Infraestrutura
De acordo com o conteúdo, o setor de Infraestrutura tem a seguinte configuração na nova realidade:
– Mudança de hábito: clientes irão procurar a flexibilização das plataformas imobiliárias para mitigar incertezas, com demanda por novos designs que incluam soluções de workspace digitais, flexíveis e voltadas para a saúde.
– Maior alocação de capital do consumidor em ativos reais, como reação a um ambiente de juros baixos, risco de inflação e, consequentemente, incerteza de rendimentos.
– Transporte de passageiros: maior integração entre transportes público, privados e micromobilidade.
– Transporte de cargas: maior integração de empresas de logística com empresas de delivery para atender ao e-commerce crescente em função da mudança de hábito de consumo.
– Concessionários: reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos e novas receitas acessórias para compensar perdas com redução permanente de demanda.
– Logística: foco em soluções digitais e novos modelos de negócio com possível consolidação no mercado em função de novas plataformas digitais.
– ESG: transição para veículos e combustíveis de baixa emissão e aumento da infraestrutura para eles.
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