Mercado de multipropriedade imobiliária cresce 18% e deve chegar a R$ 24,1 bi

As multipropriedades imobiliárias estão ganhando mais adeptos a cada ano. A modalidade existe há mais de três décadas no Brasil, mas começou a ganhar tração mais recentemente, o que levou à sua regulamentação em 2018.

De lá para cá, o monitoramento anual do Secovi registrou aumentos sucessivos. Em 2019, o mercado cresceu 15% em relação ao ano anterior, movimentando R﹩ 22,3 bilhões em valor geral de vendas. Em 2020, nem a Covid-19 segurou o segmento, que voltou a crescer 18%, totalizando R﹩ 24 bilhões.

Nesse conceito, em vez de comprar um imóvel, a ideia é adquirir uma parte dele – pela fração correspondente do preço e com escritura proporcional -, tendo o direito de utilizá-lo como bem entender por um período determinado do ano. Pedro Bragança, sócio da TG Core, gestora independente especialista em Fundos Imobiliários, explica: “Todos os custos são divididos com os outros proprietários e cada um arca com o quinhão relativo ao seu tempo de utilização – normalmente dividido em semanas pelas administradoras.

Os projetos contam com uma empresa para gestão não só da parte financeira, mas também para manter os imóveis sempre em condições de uso entre a saída de um cotista e a entrada de outro, incluindo limpeza e manutenções”.

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Multipropriedade

O sistema funciona com “cotas” adquiridas, geralmente, com um valor de entrada e parcelas mensais que financiam a obra. Após a finalização da obra, é possível usufruir do empreendimento nas datas estipuladas para o seu uso ou colocar para alugar e obter a renda proporcional ao aluguel nos seus dias.

“Outra prática comum no segmento é a de trocar as semanas que você tem na sua casa por outras em algum imóvel administrado pela mesma empresa em um destino que tem interesse em conhecer”, completa Pedro. A maioria também oferece outros “mimos”, como descontos em passagens, reservas em hotéis e pacotes de viagem no Brasil e no mundo.

Para quem deseja investir, as vantagens da multipropriedade se encaixam com quem tem perfil mais conservador, que acredita em investimento em imóveis físicos, aprecia ter seu nome na escritura e confia na estabilidade e valorização de longo prazo do mercado imobiliário. Outra opção é adquirir diferentes cotas, ao longo dos anos, e criar um portfólio diversificado, recebendo o rendimento dos aluguéis.

“Você tem ganho em um imóvel específico e por isso, menor liquidez. Mas o maior risco aqui é o mesmo de quem compra apartamento na planta: o de a construtora não concluir o empreendimento. Porém, há grandes players no mercado que transmitem confiabilidade, basta pesquisar em fontes confiáveis”, finaliza o CEO da TG Core.

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