A Lojas Marisa (AMAR3) reportou prejuízo de R$ 28,9 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 32,7 milhões registrado um ano antes, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, o resultado mostra os reflexos dos impactos da pandemia sobre as vendas.
A receita líquida da companhia caiu 14,5%, na mesma comparação, para R$ 769,2 milhões. A receita com o varejo teve queda de 7,2% no período, com a redução do fluxo de clientes nas lojas durante dezembro, devido à segunda onda de casos da covid-19. Com produtos e serviços financeiros, a receita caiu 40,4%.
As vendas “mesmas lojas”, que consideram unidades abertas há mais de 12 meses, caíram 5,6% no trimestre, com o fraco desempenho de dezembro compensando o aumento visto em outubro e novembro.
O custo dos produtos vendidos diminuiu 5,2%, ante o quarto trimestre de 2020, puxado principalmente pela redução nos gastos da unidade de produtos e serviços financeiros.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 112,4 milhões e de R$ 24,6 milhões em termos ajustados. Segundo a companhia, no mesmo período do ano passado o Ebitda pro forma chegou a R$ 106,6 milhões.
Varejistas: Marisa
Grandes varejistas de roupas como Lojas Marisa e Lojas Renner estão comunicando a seus fornecedores a suspensão do recebimento de produtos em seus centros de distribuição, por conta das restrições que estão sendo impostas para tentar conter a pandemia do coronavírus.
Os fornecedores da Marisa foram informados que o estoque só está aumentando, mas as vendas não estão acontecendo. Eles também estão sendo avisados que as vendas de março, abril, maio e junho serão afetadas e já esperam um Dia das Mães fraco em vendas.
A Marisa fechou 245 lojas físicas em todo país. As duas empresas confirmaram as suspensões e dizem que as medidas foram necessárias para readequar cronogramas de entrega. A Marisa informou que a suspensão não foi total e Renner disse que nenhum contrato comercial foi afetado e que a suspensão dura até o dia 24 de março.
No Brás, região conhecida na cidade de São Paulo pela grande quantidade de oficinas de costura, as máquinas pararam. Edilson Parra, sócio da CredPopular, especializada em microcrédito na região, conta que os clientes estão pedindo para prorrogar o prazo dos pagamentos de financiamentos. “As conversas sinalizam que não teremos ‘coleção inverno’ esse ano”, diz Parra.
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