A varejista de vestuário Hering recusou uma oferta não solicitada feita pela Arezzo, de calçados e bolsas, mas esse negócio pode estar só no primeiro round. Num comunicado de supetão, a companhia de vestuário informou ontem à noite sobre a negativa a uma proposta que o mercado desconhecia.
De acordo com o Valor Econômico, o “não” levou apenas sete dias – a proposta foi apresentada no dia 7 de abril e deu prazo de sete dias como validade para a resposta. No exíguo prazo, a Hering só tinha uma resposta a dar. “Era uma decisão simples porque o preço era muito ruim”, diz uma fonte com conhecimento do assunto.
De acordo com o jornal, a Arezzo ofereceu 26,75 milhões em suas ações – com relação de troca de 0,1686 ON da companhia por ação da Hering, e uma parcela em dinheiro de R$ 1,29 bilhão. A Arezzo fez a conta considerando um prêmio de 20% sobre o preço médio ponderado da Hering nos últimos 90 dias na bolsa.
Considerando a cotação atual da Arezzo, de R$ 74,71, isso coloca a oferta total em R$ 3,29 bilhões. O valor atual de mercado da Hering é de R$ 2,78 bilhões.
Hering
Ainda de acordo com o periódico, o conselho da Hering considerou o número como despropositado, uma vez que sua ação continua em preço de pandemia, enquanto o papel da Arezzo já se recuperou, distorcendo a relação de troca – o que torna o preço artificial.
No início do ano passado, a ação da Hering estava na casa dos R$ 34. Pouco antes da pandemia estourar de vez no país, em fevereiro, na casa dos R$ 22, já marcando a desaceleração.
Em outubro, a Arezzo comprou a Reserva por R$ 750 milhões. A companhia criada por Rony Meisler tinha faturamento de R$ 400 milhões. Já ter uma companhia de vestuário, com marca conhecida, foi um dos argumentos da família Birman aos Hering.
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