Em seis anos, as cinco principais estatais do Brasil – Banco do Brasil, Correios, Caixa, Petrobras e Eletrobras – perderam 25% de seus funcionários entre 2015 e março de 2021, com 111 mil demissões, limitando para 327.397 empregados.
De acordo com o Panorama das Estatais mais atual, do Ministério da Economia, a Eletrobras (ELET3) se destacou entre as empresas. Com a maior baixa no quadro de empregados, recebendo 45,8% negativo, em seguida, a Petrobras (PETR3 e PETR4) teve 42% negativo.
Principais razões
O corte de funcionários se deve, principalmente, ao desempenho do governo federal nas grandes empresas públicas do país. Com isso, a intenção é reduzir a dimensão do Estado desde a atuação de Michel Temer no governo até a crise econômica, fator que intensifica este processo.
Com efeito na capacidade de investimentos das empresas e estabilização das contas públicas, o governo recorre à venda de estatais.
Em seguida, existe um período de crescimento no setor estatal nos governos anteriores, ocorrendo uma mudança de rumo. Bem como, o professor da Insper, Sérgio Lazarini, afirma que a privatização da Eletrobras gera impacto, porém na Petrobras o contexto não é diferente.
Esclarecimento das estatais
Ao serem questionadas, as empresas afirmaram que dessa forma seguem cobrindo suas demandas sem perder a eficiência. A Petrobras, por exemplo, traçou um plano estratégico para seguir com o rendimento.
O Banco do Brasil explicou que, na última semana, lançou um concurso para preencher as vagas de saídas naturais da estatal. Em compensação, não há previsão de um novo concurso este ano.
A Caixa, em contrapartida, consolidada como banco das políticas públicas do governo federal, está ampliando seus quadros. Em princípio, a instituição abrirá 130 agências.
Os Correios informaram que foi traçado um plano de desligamento nos últimos anos, conforme as alterações do mercado.
A Eletrobras privatizou as distribuidoras e vendeu ativos em geração e transmissão. Assim, os ajustes ancoraram diretamente na otimização dos gastos para se encaixar na estrutura de custos.