Brasil é 8º país com mais transações em tempo real; Pix ajudou

Trata-se do sistema de pagamento instantâneo do BC

O lançamento do Pix, sistema de pagamento instantâneo liderado pelo Banco Central, há mais de quatro meses fez o Brasil subir uma posição entre os dez países que mais geram transações em tempo real no ano passado, alcançando a oitava colocação e superando Estados Unidos, que ficou no nono lugar.

De acordo com o Valor Econômico, foram 1,3 bilhão de transações em 2020, um aumento de 58% em relação ao registrado em 2019, mostra um novo relatório global da ACI Worldwide e GlobalData.

Entre os 48 mercados pesquisados globalmente, foram processadas mais de 70,3 bilhões de transações de pagamentos em tempo real em 2020, avanço de 41%.

A Índia está na primeira posição, com 25,5 bilhões de transações de pagamentos em tempo real, seguida pela China, com 15,7 bilhões. A Coreia do Sul vem em terceiro lugar, com 6 bilhões; a Tailândia, em quarto, com 5,2 bilhões; e o Reino Unido, em quinto, com 2,8 bilhões.

Pix

Na sexta posição está a Nigéria, com 1,9 bilhão de transações; e, em sétimo lugar, o Japão, com 1,7 bilhão de transações. Com Brasil no oitavo lugar e EUA no nono (com 1,2 bilhão de transações), o top 10 é completado pelo México, com 942 milhões de transações.

O levantamento considera como transação em tempo real toda movimentação financeira entre contas bancárias feita de forma instantânea. No Brasil, além do Pix, existe a Transferência Eletrônica Disponível (TED) lançada em 2002. Ambas foram criadas pelo Banco Central.

A diferença é que enquanto o Pix funciona 24 horas em todos os dias da semana, inclusive fim de semana e feriado, a TED funciona no horário bancário de segunda a sexta-feira. Além disso, não há cobrança de tarifa de pessoas físicas nas transações com o Pix e, na TED, o custo é determinado pelo banco.

O CEO global da ACI, Odilon Almeida, avalia que o crescimento de quase 60% das transações no Brasil surpreende. Segundo ele, é mais comum que, após novidades do mercado, as operações subirem por volta de 40%. A aceitação do Pix explica esse movimento, mas o isolamento social, devido à pandemia, também teve grande parcela de contribuição.

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