O CAGED de abril registrou saldo de 197 mil vagas criadas, abaixo da nossa expectativa (215,7 mil) e acima da mediana do mercado (174 mil). No ano, o saldo acumulado é 770,6 mil (vs. 894,7 mil no mesmo período de 2021).
Por setores, a agropecuária registrou queda de 1 mil vagas, a indústria geral criou 26,4 mil (destaque para o saldo de 22,5 mil nas indústrias de transformação), a construção gerou 25,3 mil, o comércio 29,3 mil e os serviços 117k.
Novamente, os serviços foram o setor responsável pela maior parte do saldo de vagas, totalizando 59,4% do total (ante 81,9% no mês anterior e revisto para 104,5%). Dentro dele, destaque positivo para as atividades Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas com 39,6k vagas e Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais com 30,4k.
Em 12 meses, já com os ajustes na série, o saldo de vagas criadas permanece em 2,6 milhões, em que todos as seções estão com saldo positivo e serviços, em especial, correspondem a 53,5%. No acumulado do ano, por sua vez, comércio é a única atividade com destruição de vagas (-34,6k), enquanto serviços correspondem a 69,4% do saldo.
Do saldo de 1,41 milhão de vagas em serviços nos últimos 12 meses, 1,17 milhão se deu fora da administração pública, o que indica a recuperação do mercado de trabalho a partir da reabertura da economia. Apesar da revisão negativa da série para os últimos meses e da atividade de comércio, o número positivo de hoje continua apresentando um mercado formal forte.
Para o segundo semestre, esperamos uma desaceleração do mercado de trabalho tendo em vista o ambiente de juros e inflação elevados, além da incerteza sobre a trajetória dessas variáveis. O saldo para o ano, de toda forma, deverá ser positivo.
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