XP lança carteira de BDR’s; veja o Top 10 Ações Internacionais

A partir da entrada em vigor da nova regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que libera a partir desta quinta-feira (22) a negociação das BDR’s (Brazilian Depositary Receipts) a todos investidores na B3, isso dará aos brasileiros acesso a uma maior diversificação internacional, antes restrita a investidores com mais de R$ 1 milhão.

Com isso, a XP Investimentos lançou sua carteira recomendada de BDR’s, que são recibos de ações negociadas no exterior. Os detentores de BDRs têm os mesmos direitos econômicos que os acionistas da empresa, como direito aos dividendos, diretos caso a empresa seja vendida, e outros. Além disso, detentores de BDRs podem inclusive convertê-las em ações originais da empresa emissora caso assim queiram.

BDR’s: diversificação

A diversificação da carteira é uma estratégia que consiste em fragmentar seus aportes em ativos diferentes, com o objetivo de reduzir os riscos de perda no caso da desvalorização de algum ativo.

Conforme a XP, a diversificação tende a proteger a carteira de parte da queda, uma vez que a fatia alocada em ações internacionais não seria impactada pela condição econômica brasileira. O seu patrimônio estaria protegido, objetivo concluído.

CVM

Buscando aprimorar o mercado de capitais, e permitir que o investidor brasileiro tenha acesso a uma maior diversificação internacional, a CVM permitiu a negociação de BDRs na B3 por qualquer investidor, derrubando a cláusula que exigia mínimo de R$ 1 milhão em valores mobiliários.

A nova regra já entrou em vigor e as corretoras estão liberadas para oferecer os BDRs aos seus clientes.

“Mundo no Bolso”

1) Acesso às empresas listadas no S&P 500 e na Nasdaq 100: Para se ter uma ideia, o mercado acionário brasileiro é algumas vezes menor que a Apple (sim, apensas uma empresa americana) e representa apenas 0,8% do mercado acionário global, enquanto a Nasdaq 100 e o S&P 500 representam 15% e 33%, respectivamente.

2) Diversificação setorial e maior universo de investimentos: São apenas 330 ações locais listadas em bolsa brasileira contra 550 BDRs acessíveis ao investidor. Além da variedade de empresas trazidas pelos BDRs, é interessante notar a forte presença de indústrias pouco servidas em mercados locais, como as de tecnologia, comunicação e saúde. Veja, no gráfico abaixo, o percentual de empresas de cada setor.

3) Diversificação geográfica: Por mais que a maioria das empresas listadas em BDRs sejam americanas, encontramos em boa parte delas uma fatia significativa do faturamento vindo de fora dos EUA. Comprando um BDR de Facebook (FBOK34), por exemplo, o investidor está exposto a uma companhia que tem 1/2 das receitas originadas nos EUA e Canadá, 1/4 na Europa e o outro 1/4 no resto do mundo. Ou seja, o risco geográfico da carteira fica ainda menor com a diversificação via BDR.