A agência de classificação de riscos Moody’s elevou o rating da Vale (VALE3) para Baa3, com perspectiva estável, citando melhorias observadas nas práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) da empresa.
Segundo comunicado da Moody’s, a Vale aprimorou a gestão de risco e a supervisão de governança após o desastre de Brumadinho (MG), que resultou na morte de mais de 250 pessoas em janeiro 2019, atuando na reparação de afetados e “reduzindo materialmente o risco de um acidente similar no futuro”.
A agência
A agência destacou que a mineradora estabeleceu um novo padrão de gerenciamento de barragens “alinhado às melhores práticas internacionais”, mencionando também a criação das diretorias de Segurança e Excelência Operacional, de Compliance e a adoção de metas ESG.
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“Apesar das implicações financeiras do acidente com a barragem de rejeitos, a Vale conseguiu manter forte liquidez”, disse a Moody’s.
“O rating permanece limitado pelo potencial de novas implicações financeiras relacionadas ao acidente de Brumadinho e pelos riscos de segurança ainda presentes em sua estrutura de barragens de rejeitos”, acrescentou.
Mandato de segurança
A Vale conseguiu mandado de segurança que determina a expedição dos alvarás de localização e funcionamento da disposição de rejeitos da barragem B7, localizada em Jeceaba (MG).
O mandado foi expedido pela Vara Única da comarca de Entre Rios de Minas, determinando a liberação dos documentos pela prefeitura, referentes aos anos de 2019 e 2020.
Segundo a mineradora, o juiz considerou que a Vale preencheu todos os requisitos legais para conseguir os alvarás.
Assim, a companhia retomou, na noite desta quinta, as operações na usina de concentração de Viga, após seis dias de paralisação.
Ontem pela manhã, a mineradora divulgou uma atualização da situação de 104 estruturas, em relação às Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs).
Deste total, a companhia tem declarações positivas para 71 unidades, enquanto outras 33 não conseguiram a certificação.