Vale (VALE3) diz que continuam negociações para acordo de indenização por Brumadinho

Após audiência conciliatória ocorrida na quinta-feira, no âmbito da Ação Civil Pública referente ao desastre de Brumadinho (MG), a Vale (VALE3) afirmou nesta sexta-feira (23) que continuam em andamento as negociações com o Estado e demais autores da ACP para um acordo global de indenização por danos coletivos e compensação para a sociedade e meio ambiente.

“O objetivo da Vale é alcançar um acordo estável para a execução das reparações e compensações, com a suspensão da referida ACP e de outros processos civis existentes”, disse a companhia.

Condições

Mas a empresa pontuou que, “neste momento, não é possível estimar com segurança as condições ou prazos para conclusão das negociações em curso”.

A companhia disse que nova audiência foi marcada para o dia 17 de novembro.

 “A Vale reitera o seu compromisso com as ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem, que se iniciaram imediatamente após o ocorrido”, declarou.

Véspera

Na véspera, cerca de 150 pessoas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam a sede administrativa da mineradora Vale em Brumadinho, reivindicando a extensão do prazo do pagamento do auxílio emergencial para cerca de 100 mil pessoas.

Eles ainda protestaram contra alegadas falhas no fornecimento de água para as comunidades, sob o encargo da companhia desde o desastre em 2019. A Vale negou que tenha ocorrido problema na distribuição.

VALE3: Dividendos

Os analistas do Goldman Sachs acreditam que o pagamento de dividendos extraordinários da Vale (VALE3) em 2021 e em 2022 pode não ocorrer, dependendo do valor que será estabelecido em um acordo discutido atualmente pela companhia com o Estado de Minas Gerais.

A informação aparece em relatório divulgado a clientes ontem (22), após a publicação de uma reportagem no jornal mineiro “O Tempo” sobre a iminência do fechamento de tal acordo.

Conforme a publicação, a proposta é que a Vale pague R$ 28,5 bilhões (US$ 5,1 bilhões), incluindo US$ 21,5 bilhões para obras na Bacia do Paraopeba e R$ 3,5 bilhões para investimentos sociais.

Se assinado o acordo, o Ministério Público de Minas Gerais e outras autoridades retirariam seus pedidos por danos morais e indenização por perdas econômicas.

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