Com possível mudança na tributação após proposta do governo federal de reforma tributária na sexta-feira (25), a Vale (VALE3) tende a adiantar a distribuição de dividendos, segundo análise do BTG Pactual.
Especialistas explicam que há um incentivo para antecipar os dividendos do segundo semestre de 2021 com nova tributação.
Análise do BTG Pactual
“Concluímos que há um incentivo claro para a administração intensificar e antecipar dividendos mais altos no segundo semestre de 2021 do que anteriormente traçado, o que seria um resultado natural para aumentar o valor para o acionista”, analisam Leonardo Correa e Caio Greiner, analistas do BTG Pactual.
“Também acreditamos que a Vale poderia ser ainda mais agressiva nas recompras do que se pensava anteriormente. Portanto, o ponto principal aqui é que a proposta fiscal atual não deve atrapalhar o caso de investimento da Vale, que ainda consideramos um dos melhores carry trades do Ibovespa (IBOV)”, concluem.
Estimativa com reforma tributária
Com a reforma tributária, em 2022, o pagamento em dividendos está estimado em torno de US$15 bilhões. Isto é, um percentual de 13% sobre o valor da ação.
Nesse sentido, ainda haveria um yield (retorno em dividendos que uma empresa paga aos seus acionistas) em dois dígitos. Apesar de um cenário de 15% a 20% de impostos de dividendos.
O pagamento dos proventos, estimado para 2022, ficaria em torno de US$ 15 bilhões.
Dividendo de junho
Nesta quarta-feira (30), a Vale pagará a remuneração com efeito da aprovação distribuição de dividendos aos acionistas. Posto que, as medidas não estão relacionadas aos proventos, pagos regularmente em setembro.
O valor definido, baseado no balanço do primeiro trimestre de 2021, é de 0,716268047 real por ação.
“A Vale informa ainda que o valor dos dividendos por ação poderá sofrer pequena variação em decorrência do programa de recompra e a consequente alteração do número de ações em tesouraria”, afirmou a companhia.