O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu 31 milhões de ações da Vale (VALE3) em pregões normais desde agosto até meados de novembro, além das duas grandes vendas em bloco realizadas nesses meses. Com isso, a participação da BNDESPar no capital da mineradora caiu para 2,22%, de acordo com ofício enviado pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no mês passado, logo após a segunda venda em bloco.
Segundo o Valor Econômico, as vendas de participações como a da Vale têm por objetivo reforçar o caixa do banco estatal. Além de permitirem que o BNDES redirecione recursos para outros setores de atuação, na área econômica há a leitura de que isso vai permitir à instituição devolver mais recursos de empréstimos tomados durante os governos do PT.
Na mira
Conforme o jornal, outras vendas de participações pelo banco estatal também estariam na mira e poderiam já estar até ocorrendo, aproveitando a alta do mercado, embora a instituição não tenha informado se isso ocorreu em novembro, após procurada pela reportagem.
O banco também não informou até o momento qual foi o valor obtido com a venda pulverizada dessas 31 milhões de ações. Quando vendeu as 40 milhões de ações no último dia 16, o valor obtido foi de cerca de R$ 2,5 bilhões.
CVM
No ofício enviado à CVM, a BNDESPar esclareceu “que, na condição de companhia aberta e de relevante investidora institucional do mercado de capitais brasileiro, examina permanentemente oportunidades de investimento e desinvestimento de seu portfólio”.
Para a mineradora, com as alienações realizadas a partir de 5 de agosto de 2020, a participação da BNDESPar no capital social da companhia, que correspondia a 3,57%, foi reduzida para 2,22%, de modo que essas alienações não consistiram, nos termos do artigo 12, §1º, da instrução CVM nº 358/02, em uma negociação relevante.
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