Ultrapar (UGPA3) diz que sistemas críticos estão em pleno funcionamento após ataque “ransomware”

A Ultrapar (UGPA3) afirmou nesta segunda-feira (25) que foi alvo de um ataque “ransomware” em seu ambiente de tecnologia da informação no último dia 11, que interrompeu seus sistemas, afetando parcialmente, por um curto intervalo de tempo, as operações de subsidiárias.

“Neste momento, 100% dos sistemas críticos de informação da companhia e de suas subsidiárias encontram-se em pleno funcionamento”, afirmou o conglomerado em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia já havia informado no dia 12 sobre o ataque hacker, mas sem detalhar.

Medidas de segurança

Nesta segunda-feira, a Ultrapar disse que, de imediato, foram adotadas todas as medidas de segurança e de controle para sanar o ocorrido e, a partir de 14 de janeiro, os sistemas operacionais da empresa e de suas subsidiárias começaram a ser gradualmente restabelecidos.

“Durante as investigações em curso, a companhia identificou cópia não autorizada e divulgação de certos dados e está apurando a quantidade de informações exfiltradas e/ou divulgadas, bem como a existência de impactos sobre seus negócios e terceiros, a fim de adotar as medidas cabíveis.”

Citando a apuração feita até o momento, a Ultrapar afirmou que não espera efeitos relevantes nos seus resultados em decorrência do incidente. “A Ultrapar possui apólice de seguro específica para incidentes cibernéticos, a qual já foi devidamente acionada.”

Conselho

O conglomerado Ultra – dono da rede de postos Ipiranga e outros negócios – prepara-se para dar neste ano uma guinada em sua estratégia. No foco estão a reorganização do portfólio de ativos, a disputa por uma das refinarias de petróleo da Petrobrás e a renovação de seu conselho de administração.

Fundado em 1937 como uma fabricante de botijões de gás, o objetivo atual é se consolidar como uma companhia de óleo, gás e de distribuição de combustíveis.

O comando intensifica no início deste ano decisões para definir o novo conselho de administração a ser nomeado na reunião em abril. Dois nomes passarão a fazer parte das 11 vagas do colegiado, apurou o Valor com fontes a par do assunto. Um dos nomes cotados é o de Marcos Lutz, que foi presidente do grupo Cosan até abril de 2020.

Lutz conta com o apoio de um dos ramos da família Igel, fundadora do grupo, e do fundo Pátria, um dos sócios do conglomerado. O segundo nome, ainda não definido, também deverá substituir um dos atuais membros do conselho na assembleia de acionistas e de formação do conselho para o período 2021-2023.

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