A 2a Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo suspendeu neste domingo (21) a transferência do controle da Eldorado Brasil Celulose para a Paper Excellence, de acordo com um fato relevante da empresa.
Segundo a Reuters, o juiz da 2a Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo decidiu suspender todos os procedimentos para a transferência de controle da empresa de celulose da J&F Investimentos para a Paper Excellence.
A Paper Excellence ganhou o processo de arbitragem contra a J&F em fevereiro, depois de mais de três anos de discussões, obtendo o direito de concluir os procedimentos acertados na venda da Eldorado, em 2017.
A suspensão foi concedida numa ação em que a J&F pede a anulação do processo de arbitragem.
Eldorado
Outro fato relevante, divulgado dia 5 de março, informava que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) havia aprovou o pré-pagamento de uma dívida de R$ 1,63 bilhão da Eldorado pela Paper Excellence (PE), acionista minoritária da produtora de celulose.
“Ontem, quinta-feira, a administração do BNDES decidiu autorizar, no âmbito dos Contratos de Financiamento, a liquidação antecipada integral da referida dívida”, informou a PE.
Com o pré-pagamento dessa dívida, que foi contratada à época da construção da fábrica de Três Lagoas (MS), as ações da JBS — principal empresa da família Batista — dadas em garantia pela J&F ao empréstimo serão liberadas, abrindo caminho para que a PE consume a compra do controle da Eldorado.
Foi justamente o não cumprimento dessa etapa que impediu a PE de completar a compra de 100% da produtora de celulose até o início de setembro de 2018, conforme previsto no contrato com a J&F.
Há mais um ou dois credores menores, entre os quais a Caterpillar Financial Services, que também precisam aceitar o pré-pagamento pela PE.
No total, a acionista tem de liquidar antecipadamente cerca de R$ 1,7 bilhão em compromissos financeiros da Eldorado para que todas as garantias prestadas pela J&F sejam levantadas, cumprindo as condições precedentes estabelecidas no contrato de compra e venda da produtora de celulose de 2017.
A empresa tem ainda de levantar garantias dadas pelo grupo J&F no Banco do Brasil e no Banco de Lage Landen.
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