Taxa de desocupação fica em 7,6%, diz IBGE

Pesquisa é referente o período entre agosto e outubro

A taxa de desocupação fica em 7,6% no trimestre de agosto a outubro, queda de 0,3 ponto percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores. Essa foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%.

O número de desempregados chegou a 8,3 milhões de pessoas, menos 261 mil (3,6%) do que no trimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo IBGE.

Os que estão trabalhando somam 100,2 milhões de pessoas, o maior contingente desde o início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012. Esse número é 0,9% maior que no trimestre anterior (adição de 862 mil) e 0,5% maior que o mesmo período de 2022 (mais 545 mil).

Com isso, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,2%, alta de 0,4 p.p. frente ao trimestre de maio a julho. “A população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Rendimento segue crescendo

O rendimento médio real foi estimado em R$2.999, alta de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Uma das explicações, de acordo com Beringuy, é a expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com um aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, conclui.

A massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 295,7 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,6%. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022, uma expansão de 4,7%.

Carteira de Trabalho

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (fora trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior contingente desde janeiro de 2015, quando registrou 37,5 milhões. Esse número representa um crescimento de 1,6% (mais 587 mil) em comparação com o tri anterior e uma alta de 3% (adição de 1,1 milhão de pessoas) no comparativo interanual.

Trabalho por conta própria

Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável e fechou em 13,3 milhões.

Trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas), a dos empregadores (4,2 milhões de pessoas) e a dos empregados no setor público (12,1 milhões de pessoas) ficaram estáveis tanto na comparação trimestral quanto na interanual.

No recorte dos grupamentos de atividades investigados pela PNAD Contínua, o único grupo com crescimento entre os trimestres foi Transporte, armazenagem e correio, que apresentaram expansão de 3,2%, ou mais 172 mil pessoas.

Na comparação interanual, entretanto, houve alta em Transporte, armazenagem e correio (5,4%, ou mais 283 mil pessoas), Alojamento e alimentação (7%, ou mais 365 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais 508 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 439 mil pessoas). E apenas uma redução, em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4%, ou menos 351 mil pessoas).

Taxa de subutilização fica em 17,6% no trimestre encerrado em outubro

A PNAD Contínua também mostrou que a taxa composta de subutilização ficou em 17,6% no trimestre encerrado em outubro de 2023, uma queda de 2,5 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando fechou em 17,4%.

A população desalentada foi de 3,5 milhões, queda de 4,6% ante o trimestre anterior e 17,7% no ano, sendo o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2016, quando foi de 3,5 milhões. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 3,1%, queda nas duas comparações (0,2 p.p. no trimestre e 0,6 p.p. no ano) e é a menor taxa desde o trimestre encerrado em julho de 2016, quando também marcou 3,1%.

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