Taxa de desemprego recua 8,0%

Rendimento real ficou em R$ 2.921, estável no comparativo com o 1T23

No Brasil, a taxa de desocupação ficou em 8,0% no segundo trimestre, a menor para o período desde 2014. A queda de 0,8 p.p. no comparativo com o primeiro, 8,8%. Quando comparado com 2T22 e com a taxa estava em 9,3%, o índice teve queda de 1,3 p.p.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que foi divulgada hoje (28) pelo IBGE, também revelou que no 2T23, o número de pessoas desocupadas no país era de quase 8,6 milhões. Esse resultado mostra a queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% se comparado ao mesmo período de 2022. O número de pessoas ocupadas, por sua vez, foi de 98,9 milhões, aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual.

“O segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, destaca a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

Rendimentos

O rendimento real ficou em R$ 2.921, estável no comparativo com o 1T23 e alta de 6,2% no ano. A massa de rendimento real habitual estava em R$ 284,1 bilhões, sem alteração ao trimestre anterior, mas alta de 7,2% em 12 meses em +R$ 19 bilhões.

Detalhes da  PNAD Contínua

O contingente no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhão de pessoas, subindo 2,4% (mais 303 mil pessoas) na comparação trimestral. Houve estabilidade na comparação anual.

O número com carteira assinada no setor ficou estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, mas com aumento de 2,8% (mais 991 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de informalidade foi de 39,2% no segundo trimestre, ante uma taxa de 39,0% no primeiro trimestre, e de 40,0% no mesmo período de 2022.

Em relação aos 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, houve aumento de 2,6% no confronto com o trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2022, o cenário foi de estabilidade.

Na categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 25,2 milhões de pessoas, foi registrado estabilidade na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador, neste trimestre, apresentou uma redução de 491 mil pessoas.

A taxa composta de subutilização (17,8%) caiu nas duas comparações: 1,0 p.p. no trimestre e 3,4 p.p. no ano. O total de pessoas chegou a 20,4 milhões, queda de 5,7% (menos 1.224 pessoas) em relação ao 1T23. Na comparação com 2T22, o índice caiu 17,7% (- 4.385 pessoas).

O contingente de pessoas desalentadas caiu em 3,7 milhões. Frente ao 1T23 a queda foi de 5,1% (-199 mil pessoas) e, na comparação anual, de 13,9% (-593 mil pessoas). O percentual de desalentados na força de trabalho (3,3%) caiu 0,2 p.p. no trimestre e 0,5 p.p. no ano.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,6% (mais 2,3 milhões de pessoas) quando comparada ao mesmo trimestre de 2022.

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