A S&P Global Ratings rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão do Grupo Casas Bahia de ‘brA-’ para ‘brBBB-’ na Escala Nacional Brasil. O rating de recuperação ‘3’ das emissões da empresa permanece inalterado, indicando a expectativa de recuperação significativa (65%) em cenário hipotético de default. A perspectiva do rating de emissor é negativa.
“A perspectiva negativa indica uma chance em três de um rebaixamento dos ratings nos próximos 6 a 12 meses. Além disso, reflete nossa visão de que a atual estrutura de capital da empresa é frágil e que uma demora maior do que esperada na recuperação da rentabilidade pode trazer riscos à capacidade de refinanciamento de dívidas no longo prazo”, citaram os técnicos. Ainda, a perspectiva incorpora os riscos da indústria de varejo discricionário brasileira, como a queda da renda disponível da população, taxas de juros ainda em patamares elevados e o alto grau de competição, que podem continuar afetando os resultados do grupo e a redução da alavancagem que esperamos para 2024 e 2025.
Mais sobre o Rating
Métricas de crédito substancialmente mais fracas do que o esperado. Os resultados do Grupo Casas Bahia nos nove primeiros meses de 2023 refletem o cenário ainda desafiador para varejo, principalmente no segmento online de estoque próprio (1P), com vendas desacelerando e crédito mais restrito.
As despesas com o processo de reestruturação impactaram as margens de forma significativa e mostram que o grupo não registrará métricas de crédito em linha com as projeções da S&P mais recentes, especialmente em 2023 e 2024. A receita ajustada dos nove primeiros meses de 2023 totalizou R$ 21,0 bilhões, redução de 3% em relação ao ano anterior, com EBITDA ajustado de R$ 72 milhões, ante cerca de R$ 1,5 bilhão no mesmo período de 2022.
O EBITDA ajustado foi negativo em R$ 472 milhões no terceiro trimestre de 2023. “Nosso EBITDA ajustado inclui as despesas de reestruturação, e excluímos o EBITDA estimado da operação de financiamento cativo no valor de aproximadamente R$ 113 milhões no trimestre. Ao mesmo tempo removemos de nosso cálculo de dívida líquida ajustada o valor de R$ 5,0 bilhões referente à dívida das operações de financiamento cativo, pois fazemos uma análise separada para esta operação”, explicaram. No relatório mais recente, os técnicos projetavam um EBITDA ajustado de R$ 1,4 bilhão no final de 2023.
“Com isso, na atualização do nosso cenário-base esperamos agora EBITDA ajustado não material em 2023, R$ 1,5 bilhão em 2024 e R$ 2,3 bilhões em 2025, resultando em métricas de dívida líquida ajustada por EBITDA de cerca de 7,5x em 2024 e 5,5x em 2025”, pontuaram.
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