A S&P Global Ratings elevou hoje seus ratings de longo prazo na escala global do Brasil de ‘BB-’ para ‘BB’. A perspectiva é estável. Além disso, a agência reafirmou os ratings de curto prazo ‘B’ do país na escala global e o rating de longo prazo ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil. Também revisaram a avaliação de transferência e conversibilidade do país de ‘BB+’ para ‘BBB-’.
Perspectiva
A perspectiva estável incorpora a expectativa de que o Brasil manterá uma posição externa forte, possibilitada pela forte produção de commodities e necessidades limitadas de financiamento externo. “Acreditamos também que o arcabouço institucional brasileiro dá suporte à formulação de políticas estáveis e pragmáticas, com base em amplos mecanismos de pesos e contrapesos dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas consideramos que o déficit fiscal permanecerá elevado”, disseram os técnicos da agência.
Rebaixamento
Os técnicos consideram, no entanto, que podem baixar os ratings do Brasil nos próximos dois anos se uma implementação ineficaz das políticas levar a uma maior deterioração fiscal e a uma carga de endividamento acima das expectativas. “Uma deterioração na sinalização de políticas também poderia reduzir os fluxos de investimento estrangeiro direto, consequentemente enfraquecendo a posição externa do Brasil”, pontuaram.
Elevação
A agência, porém, considera elevar os ratings nos próximos dois anos se os benefícios do atualmente amplo conjunto de reformas estruturais e microeconômicas beneficiarem a trajetória de crescimento de longo prazo do Brasil. “Um avanço mais rápido do que o esperado na resolução dos desequilíbrios fiscais que estabilize os níveis de dívida também poderia resultar na elevação dos ratings”, explicaram.
Fundamentos do Ratings
A elevação do ratings de longo prazo do Brasil na escala global segue-se à recente aprovação da Reforma Tributária. Apesar da implementação gradual, a reforma representa uma revisão significativa do sistema tributário e deve se traduzir em ganhos de produtividade no longo prazo.
“A reforma soma-se a um agora extenso histórico de reformas estruturais e microeconômicas em curso desde 2016, o que, em nossa visão, reflete um arcabouço institucional cada vez mais pragmático que ajuda a ancorar a estabilidade macroeconômica”, avaliaram. A agência espera que as instituições brasileiras continuem abordando lentamente as ineficiências econômicas que retardam o crescimento do país, bem como a rígida estrutura orçamentária, que contribui para altos déficits fiscais e uma elevada carga de endividamento.
Os ratings do Brasil são respaldados pela forte posição externa do país, uma taxa de câmbio flexível e uma política monetária sob o regime de metas de inflação conduzida por um Banco Central autônomo. “Além disso, o desenvolvimento dos mercados de capitais e de dívida mitiga o risco de rolagem da dívida do governo soberano e permite que este mantenha uma composição favorável da dívida, denominada majoritariamente em moeda local”, concluíram.
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