A SLC Agrícola (SLCE3) recebeu aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição da totalidade da Terra Santa Agro, segundo publicação do órgão antitruste no Diário Oficial da União desta quinta-feira (7).
Segundo a Reuters, a SLC divulgou no final de novembro passado a assinatura de um memorando de entendimento com termos e condições para assumir as operações da Terra Santa Agro, em transação avaliada em R$ 550 milhões.
SLCE3: o negócio
O negócio envolverá uma reorganização societária prévia da Terra Santa Agro, que criará um veículo (TS LAndCo) para segregar ativos e passivos vinculados às propriedades rurais da companhia, que estarão excluídos da operação.
“Com isso, a presente operação abrange parcialmente as atividades da Terra Santa, focando-se nas atividades de produção e comercialização de soja, milho e algodão”, explicou o Cade em parecer sobre o negócio.
Cade
Segundo o órgão estatal, a aquisição “não levanta maior preocupações em termos concorrenciais” e foi aprovada em rito sumário, sem restrições.
A SLC informou em novembro que a compra da Terra Santa será feita por incorporação de ações e que a relação de troca na transação deverá considerar um valor líquido (“equity value”) de R$ 65 milhões, enquanto o valor remanescente da operação equivale a assunção de dívida e/ou caixa.
3º tri
A companhia registrou prejuízo R$ 35,7 milhões no 3º trimestre, 63,2% menor do que o prejuízo registrado no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, porém, a companhia ainda apresenta lucro líquido de R$ 316,8 milhões, um crescimento de 40% na comparação anual.
A companhia disse que o resultado do acumulado da safra foi embalado pela combinação da valorização do dólar ante o real e a recuperação dos preços das commodities nos últimos meses.
A receita líquida da SLC no trimestre cresceu 13,4% , para R$ 776,5 milhões, com forte contribuição das receitas com vendas de algodão em pluma, soja e milho, apesar dos volumes menores comercializados.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado no trimestre atingiu R$ 234,6 milhões, um aumento de 30,8%. A margem Ebitda ajustada encerrou o período em 26,2%, um avanço de 4 pontos percentuais.
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