O setor de Serviços avançou 0,9% em maio, depois da queda de 1,5% no mês anterior. Com isso, a atividade está 11,5% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco refere-se a fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado. De janeiro a maio, a expansão foi de 4,8%, enquanto em 12 meses o avanço foi de 6,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo IBGE.
Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O maior impacto sobre o índice geral veio do setor de transportes, que cresceu 2,2%, recuperando parte da perda de 4,3% registrada em abril. Dentro da atividade, o transporte de cargas avançou 3,7%, alcançando o maior patamar de sua série histórica, iniciada em 2011. Com isso, essa categoria ficou 41,3% acima do nível registrado em fevereiro de 2020. O transporte de passageiros também se expandiu em maio (2,8%), após ter recuado 4,5% no mês anterior.
“Além do espalhamento de taxas positivas pelas atividades, o destaque na expansão dos serviços em maio foi o setor de transportes. Em relação ao tipo de uso, tanto o transporte de cargas quanto o de passageiros avançaram no mês. Já sob a ótica do modal, os principais impactos para o resultado positivo vieram do rodoviário de cargas, do aéreo de passageiros e do aquaviário de cargas”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Segundo Lobo, dois segmentos que impulsionaram essa última atividade: o de navegação de apoio marítimo e portuário, relacionado a serviços de apoio a plataforma de petróleo, e o transporte marítimo de cabotagem, que é ligado ao transporte de cargas dentro do país.,
O pesquisador afirma que o bom desempenho das empresas de transporte de cargas é ligado, entre outros fatores, ao momento atual do setor agrícola. “Os recordes da safra de grãos acabam influenciando os transportes, especialmente o rodoviário de cargas. Esse impacto não é de agora. A partir de maio de 2020, ainda no início da pandemia, houve um crescimento importante desse setor, muito ligado ao aumento na produção agrícola e também ao boom do comércio eletrônico, com a migração em larga escala das vendas em lojas físicas para as plataformas online”, analisa Lobo.
Depois de transportes, o setor que mais influenciou o resultado geral foi o de serviços prestados às famílias, que havia crescido 1,0% em abril e avançou 1,1% em maio, acumulando ganho de 2,2% no período. “Esse resultado em maio é ligado principalmente aos serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, com destaque para as empresas que fornecem alimentos preparados para outras empresas, como para aviões, presídios e restaurantes universitários”, exemplifica.
Ainda na comparação com abril, o setor de outros serviços, que vinha de duas quedas seguidas, avançou 0,6%.
Setor de serviços financeiros auxiliares foram influenciados pelo alta das receitas das corretoras de títulos e valores mobiliários e da administração de bolsas e mercados de balcão organizados. O setor de informação e comunicação (0,2%), que também havia recuado em abril (-1,1%), ficou no campo positivo em maio.
Na análise regional, houve expansão no volume de serviços em 24 unidades da Federação.
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