São 500 operações no Drex em 50 dias do projeto piloto. Esse é o resultado da primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma para fins de simulação realizada na segunda-feira (11). As informações são do Banco Central do Brasil.
Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados.
As instituições participantes do Piloto Drex começaram a ser incorporadas à plataforma no fim de julho e, dos 16 grupos selecionados, a iniciativa já conta com 11 nós (pontos de operação) de instituições em funcionamento na rede. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes.
Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso.
Mais sobre a primeira etapa
Prevê-se a operação da primeira fase do Piloto até meados de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte, que permitirão ao BCB avaliar o desempenho da plataforma ao final.
“O potencial para afetar o cotidiano do brasileiro é muito grande. Da mesma forma que o Pix democratizou o acesso a serviços de pagamentos, o Drex está sendo desenvolvido para democratizar o acesso a serviços financeiros, como crédito, investimento e seguros”, afirma Fabio Araujo, coordenador do projeto do Drex no BC.
Operações e as instituições participantes
Na prática a cada semana um tipo novo de operação vem sendo realizado pelas instituições participantes. É o que explica Fabio. “As operações que estão sendo disponibilizadas para teste na rede são referentes a criação de carteiras para os participantes, que operam com Drex de atacado, e criação de carteiras para clientes finais, que operam com Drex de varejo. Além da criação de carteiras, os participantes já começaram a realizar operações de transferência, que podem ser diretamente entre participantes, entre um participante e seu clientes, entre clientes de um mesmo participante e até mesmo entre clientes de diferentes participantes”, afirma.
Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex.
Tendência é crescer
As instituições participantes estão engajadas nos testes e na implantação de suas partes da plataforma, buscando elaborar sistemas compatíveis com a base disponibilizada. “Para que os testes possam prosseguir para fase de soluções de privacidade, é necessário que os participantes tenham familiaridade com as operações básicas da plataforma Drex”, comenta Rogério Lucca, chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) do BC.
“É importante ressaltar que essas são as primeiras operações de um sistema complexo e que a tendência é o número de operações cresça de forma acelerada uma vez que os primeiros testes de cada participante sejam realizados. O alto engajamento é mais um sinal do potencial que os participantes enxergam na plataforma para o desenvolvimento e a oferta futura de soluções inovadoras”, completa.
O que é o Drex?
Trata-se do projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), em criação pelo BCB, o Drex propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores.
O Drex é uma nova representação do real, o dinheiro do nosso dia a dia. Essa nova representação será feita em uma plataforma com tecnologias que permitem a prestação de serviços financeiros de forma eficiente e democrática.
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