O Santander Brasil (SANB11) anunciou ontem (28) que o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 665 milhões.
Considerando o valor do imposto de renda retido na fonte a ser deduzido (exceto aos acionistas imunes e/ou isentos), o montante líquido que será distribuído soma R$ 565,2 milhões.
Terão direito aos JCP os acionistas com base acionária em 8 de janeiro de 2021. A partir de 11 de janeiro de 2021, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCP”.
SANB11: o pagamento
O pagamento será realizado a partir de 1º de fevereiro de 2021. Os JCP serão imputados integralmente aos dividendos obrigatórios referentes ao exercício de 2020.
Para as American Depositary Receipts (ADRs) negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o pagamento será feito por meio do The Bank of New York Mellon.
3º tri
O banco Santander Brasil registrou lucro líquido societário de R$ 3,811 bilhões no 3º trimestre, um salto de 88,2% em relação aos três meses anteriores e de 5,6% na comparação com o 3º trimestre do ano passado, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (27).
Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, alcançou R$ 3,902 bilhões, uma alta trimestral de 82,7% e de 5,3% na comparação anual.
No acumulado nos 9 meses do ano, o lucro do banco ainda segue em patamar abaixo do registrado em 2019. O lucro líquido societário soma R$ 9,611 bilhões, valor 7,9% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro gerencial soma R$ 9,891 bilhões, uma queda de 8,65%.
O resultado do 3º trimestre, no entanto, ficou acima do registrado entre julho e setembro do ano passado, quando o Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,608 bilhões, e veio acima do esperado pelo mercado, destaca o Valor Online.
Margem financeira e receitas
O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 12,432 bilhões no terceiro trimestre, o que representa queda de 8,7% em três meses e avanço de 6,5% na comparação anual.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 2,916 bilhões, com queda de 12,5% ante o trimestre anterior e alta de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2019.
A margem com clientes foi de R$ 10,533 bilhões, com queda de 4,5% na comparação trimestral. Dentro dessa linha, a margem com produtos caiu 4,4%, a R$ 10,207 bilhões, enquanto a margem com capital de giro próprio encolheu 7,0%, a R$ 326 milhões. O volume médio ficou em R$ 397,081 bilhões, com alta trimestral de 1,3%, mas o spread caiu 0,7 ponto porcentual, para 10,2%.
Já a margem de operações com o mercado ficou em R$ 1,899 bilhão, com queda trimestral de 26,7%.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 4,746 bilhões, com queda anual de 0,1%. No trimestre, houve alta de 15,7%. As despesas gerais totalizaram R$ 5,375 bilhões, com alta de 2,2% em um ano ano e de 3,6% no trimestre, explicada por maiores despesas administrativas.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 21,2% no terceiro trimestre, de 12% no segundo e 21,1% no terceiro trimestre do ano passado, retornando aos níveis pré-pandêmicos, e contrariando estimativas mais pessimistas de analistas.
Sergio Rial, presidente do Santander Brasil, disse em um comunicado que o resultado demonstra uma boa capacidade do banco de gerir empréstimos problemáticos, apesar da crise.
Além disso, o Santander Brasil reduziu o quadro de funcionários em 1.200 pessoas em relação ao segundo trimestre.
Carteira de crédito avança
A carteira de crédito total somou R$ 397,385 bilhões no acumulado do ano, 19,8% superior ao mesmo período do ano anterior. Em três meses, registrou alta de 3,8%, impulsionada pelos segmentos pessoa física (+5,1%) e pequenas e médias empresas (+14,6%).
“Nossa participação de mercado em crédito alcançou 10,4% em agosto de 2020, alta de 0,67 p.p. em doze meses e retração de 0,15 p.p. em três meses”, informou o banco.
O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 2,1% em setembro, queda de 0,9 p.p. em 12 meses e de 0,3 p.p em 3 meses.
O lucro do Banco Santander espanhol no terceiro trimestre caiu 18% em relação ao ano anterior, informou a matriz do banco na terça-feira, acrescentando pretende fazer uma economia de custos adicional de 1 bilhão de euros na Europa até 2022.
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