A Rumo (RAIL3) teve desempenho operacional recorde no terceiro trimestre, mas viu o lucro cair forte em meio ao declínio de tarifas de transporte ferroviário e despesas com a renovação antecipada da Malha Paulista.
Segundo a Reuters, a companhia, braço de logística do grupo Cosan, anunciou nesta quarta-feira (11) lucro líquido de julho a setembro de R$ 171 milhões, queda de 53,7% ante mesma etapa de 2019.
Resultado operacional
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) atingiu R$ 1,11 bilhão no período, caindo 7,7% no comparativo anual. Além disso, a margem Ebitda declinou 4,3 pontos percentuais, para 54,3%.
A Rumo afirmou que fez em setembro pré-pagamento de parcial das outorgas das malhas ferroviárias Central e Paulista no montante de R$ 5,1 bilhões.
Volume transportado
O volume transportado pela Rumo no trimestre, de 17,5 bilhões de toneladas equivalentes, foi 1% maior do que um ano antes, com destaque para transporte de açúcar (+88%), fertilizantes (+20%) e celulose (+18%). Por outro lado, o transporte de produtos industriais caiu 1,6% em função do impacto da pandemia da Covid-19, que provocou queda no transporte de combustíveis.
E tarifa de transporte ferroviário em declínio e maiores custos variáveis aumentaram a pressão. Assim, a receita líquida, foi 0,3% menor, a R$ 2,05 bilhões.
A companhia registrou um salto de 45,9% no resultado financeiro negativo, para R$ 438 milhões, empurrado por maiores encargos com dívida, o que também pesou na última linha do resultado.
A dívida líquida terminou setembro em R$ 6,6 bilhões e a alavancagem atingiu 1,7 vez dívida líquida sobre Ebitda ajustado.
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