Robert Kiyosaki, que ficou famoso com o livro “Pai Rico, Pai Pobre”, surpreendeu ao afimar em vídeo no perfil do Instagram que deve US$1,2 bilhão. A dívida, segundo Kiyosaki, não é problema dele, mas sim dos grandes bancos. “Se eu falir, o banco falirá. Não é um problema meu.”
Surpreso? Mas dá pra entender a lógica
O escritor diz que a maioria das pessoas utiliza a dívida com os bancos para pagar passivos, mas que ele utiliza para comprar ativos.
Um exemplo de Kiosaki é que a maioria entra no endividamento para comprar veículo. No entanto, os dois veículos de luxo dele, uma Ferrari e um Rolls-Royce, foram pagos integralmente por serem passivos.
Outra supresa: ele não confia no dólar, em ações e títulos (ativos financeiros), que chama de dinheiro “falso”. A busca de proteção vem com metais preciosos (ouro e prata), Bitcoin ou gado, no que chama de dinheiro “real”.
No vídeo disparado em 25 de janeiro do ano passado, com Peter Grandich, o autor estimou dificuldades no mercado acionário americano, o que realmente ocorreu em grande parte do ano.
Os impactos surgiram com os juros altos mexendo em diversas avaliações, como do setor imobiliário até no mercado de ações. Contudo, a recuperação acionária americana ocorreu na reta final de 2023 e a política monetária aplicada pelo banco central já dá sinais positivos para 2024.
Dívida boa e dívida ruim na visão de Robert Kiyosaki
Dívida boa é aquela gerada para comprar ativo que retorne em dinheiro, ou seja, aumento de patrimônio. Nessa lista entram os imóveis ou empreendimentos comerciais, diz Kiyosaki.
Já a dívida ruim, ou inadimplente, é aquela usada para financiar passivos, ou seja, aquela que gera despesa mensal sem trazer nenhum lucro futuro.
Mas será que esse seria mesmo o “pulo do gato” para se ter um bom investimento?
De qualquer forma, grande parte dos agentes financeiros tradicionais vai concordar como conceito de que você não deve ter todo seu dinheiro em um único ativo. A diversificação ajuda a promover os altos e baixos de uma carteira e pode protegê-la de uma grande queda no valor de qualquer classe específica de ativo.
Será que Kiyosaki está certo em orientar que os bons investimentos são aqueles que se pode tocar?
*Com apoio de agências internacionais
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