Risco de recessão ronda economia brasileira, ressalta Fundação Getúlio Vargas

O risco de recessão continua rondando a economia brasileira, principalmente por conta do término do auxílio emergencial, bem como pelas restrições impostas para conter a pandemia do novo coronavírus.

A afirmação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio de levantamento encaminhado ao mercado.

Recessão

Na prática, trata-se de um movimento de revisão para baixo nas projeções de crescimento para o primeiro trimestre e para 2021, incluindo queda no Produto Interno Bruto (PIB).

A FGV elenca ainda que pode ocorrer também uma queda no segundo trimestre deste ano. Caso ocorra, incidirá em uma recessão técnica, quando a economia se contrai por dois trimestres seguidos.

Comércio e Serviços

Segundo o Estadão, a instituição destaca que com um Natal fraco para o comércio e com o setor de serviços terminando o ano ainda longe do normal, o sinal de dezembro foi de arrefecimento na retomada da economia. Para piorar, os primeiros dados de janeiro, como os índices de confiança do consumidor e dos empresários, o fluxo nas estradas e a venda de veículos, não foram bons.

Analistas consultados para o levantamento projetam duas retrações seguidas no PIB, tanto no primeiro (-0,8%) quanto no segundo (-0,3%) trimestres. Os especialistas dizem acreditar que um dos fatores será a demora na vacinação para a maior parte da população.

Já os bancos Citi, Goldman Sachs, Fibra e Santander e a consultoria Tendências dizem enxergar a economia estagnada no primeiro semestre, combinando queda no PIB do primeiro trimestre com baixo crescimento no segundo.

Dados econômicos

Dados econômicos da última semana corroboraram o cenário mais pessimista. Na quarta-feira, o IBGE informou que as vendas do varejo caíram 6,1% em dezembro ante novembro, bem abaixo das mais pessimistas projeções.

Na quinta-feira, o desempenho negativo do setor de serviços – queda de 0,2% ante novembro, que não surpreendeu – confirmou o clima de desaceleração. Na sexta-feira, o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central (BC), veio com alta de 0,64% em dezembro, mas não foi suficiente para mudar o humor.

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