A Rede Lopes (LPSB3) reportou lucro líquido de R$1,952 bilhão no quarto trimestre de 2020, alta de 14% ante igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, a receita líquida aumentou 21%, para R$ 53,88 milhões. O Ebitda teve expansão de 45%, para R$ 18,76 milhões. A margem Ebitda passou de 29,2% para 34,8%.
Já o resultado financeiro cresceu 26%, para R$ 1,013 bilhão.
Lopes
De acordo com o Valor Econômico, os juros baixos, apesar da alta recente, a oferta de crédito habitacional e a demanda reprimida por imóveis vão resultar em forte crescimento dos lançamentos por meio da rede de imobiliárias Lopes neste ano. Há previsão, segundo o presidente, Marcos Lopes, de aumento de 62% da parcela intermediada pela rede no Valor Geral de Vendas (VGV) apresentado por incorporadoras, para R$ 7,4 bilhões.
“O ciclo imobiliário só não será maior por causa da pandemia de covid-19. Sem a pandemia, o crescimento seria ainda mais exuberante”, diz o empresário. Na avaliação de Lopes, as condições macroeconômicas favoráveis à demanda por imóveis não irão mudar e, ainda que mais lento do que o esperado, há um processo de vacinação em curso, também positivo para o mercado à medida que avança.
Considerando-se também a parte que será lançada por meio das empresas próprias de vendas das incorporadoras e de outras redes de imobiliárias, o total de lançamentos dos quais a Lopes fará parte chegará a R$ 14,1 bilhões.
A rede
A decisão final em relação aos lançamentos projetados depende de cada incorporadora. Atualmente, os estandes de vendas estão fechados na cidade de São Paulo – maior mercado imobiliário do país -, o que desestimula a apresentação de novos projetos para as classes média e alta, cuja compra depende mais da visitação aos plantões do que a aquisição de unidades do programa habitacional Casa Verde e Amarela.
Segundo Lopes, “um ou outro lançamento”, que já contava com forte trabalho de pré-vendas tem sido realizado. No entendimento do empresário, o fechamento dos estandes provoca adiamento da maioria das apresentações de projetos ao mercado, mas “postergado não é cancelado”. “Quando o lançamento sair, terá demanda. Não se extingue a demanda, se reprime”
Ele ressalta que não houve paralisação das vendas, que têm ocorrido digitalmente.
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