Recentemente o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o desenvolvimento do real digital anda a passos largos. Dessa forma, segundo Neto, a implementação da nova moeda deve acontecer já no ano que vem.
“Estamos começando a pensar sobre a escolha da melhor tecnologia”, afirmou Neto no evento da Expert XP. Mesmo detalhando o assunto, o executivo informou que o BC já possui soluções para os questionamentos mais relevantes.
Como vai funcionar?
O plano do Banco Central consiste em gerar um código, que será equivalente a uma certa quantidade de dinheiro (requerida por uma pessoa ou instituição). Dessa forma, transfere-se o valor para os bancos, que ficam responsáveis por guardar e distribuir o valor, como de costume.
A grande questão do e-Real será deixar o dinheiro sob a custódia, ou seja, no exemplo usado anteriormente, as instituições guardavam apenas uma porcentagem do dinheiro depositado pelo dinheiro. Entretanto, todo valor em real digital ficaria guardado em um cofre digital.
Em suma, esse dinheiro não poderá servir de crédito e ficará sob título do Banco Central à disposição do dono para resgate ou pagamentos de contas.
Prós e Contras
A grande mudança será principalmente para as instituições financeiras. Isso porque, com o real digital guardado e impossibilitado de ser emprestado para créditos e financiamentos.
A grande questão que o Banco Central enfrenta é descobrir o que será dos programas de financiamentos e empréstimos, uma vez que não haverá dinheiro suficiente para efetuar essas transações, nem impressão de novas cédulas.
Entretanto, para o consumidor, os dois tipos de dinheiro, digital e analógico, serão um o espelho do outro. Transações, como por exemplo, transferências por Pix, continuarão da mesma forma. Caso a pessoa queira o dinheiro físico, poderá sacar em um caixa eletrônico, como usual.