Na última terça-feira (11), a Raízen (RAIZ4) anunciou a compra de 100% das ações emitidas pela Biosev (BSEV3). A aquisição se deu após o cumprimento das condições precedentes para o fechamento da operação.
A companhia, criada entre a Cosan (CSAN3) e a Shell, já havia anunciado a compra da Biosev, assim como a aquisição do grupo Louis Dreyfus em fevereiro de 2021. A negociação custou R$ 3,6 bilhões, além de ações.
Em suma, a operação é extremamente importante para a Raízen, uma vez que amplia seu domínio global no segmento de açúcar e etanol.
Detalhes da negociação
De acordo com as informações publicados em nota ao mercado, a Hédera Investimentos pagou um bônus de subscrição como parte da transação. Dessa forma, ela passou a ser titular de 330.602.900 de ações da Raízen, cerca de 3,22% de seu capital.
“A conclusão desta operação consolida a posição de liderança da Raízen no processo de transição energética através da ampliação da oferta de energia mais eficiente, limpa e renovável”, afirmou a Raízen.
Em síntese, a companhia passou a ser dona de 35 parques de bioenergia e uma capacidade de processar em média 105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
IPO mais importante da B3
A estreia da Raízen na Bolsa de Valores (B3), no dia 5 de agosto, vendeu 8% do seu capital aos investidores.
A empresa, avaliada em R$ 73 bilhões, abriu o IPO com um valor de mercado superior ao de sua controladora Cosan (CSAN3), responsável por 50% da empresa. Desse modo, a Raízen entrou na B3 valendo R$ 73 bilhões, R$ 25 bilhões a mais do que a Cosan, avaliada em R$ 48 bilhões.
Por conseguinte, os recursos arrecadados na oferta primária da Raízen pretendem erguer novas plantas para ampliar a produção de produtos renováveis e a capacidade de comercialização.
Além disso, a companhia deve investir na produtividade e competência dos parques de bioenergia. Assim como, aprimorar a infraestrutura de armazenagem e logística para resistir ao crescimento de volume comercializado de renováveis e açúcar.