Prisão de Lula foi um dos “maiores erros do Judiciário da história”, diz Toffoli

Ministro determinou que sejam identificados os agentes públicos

Prisão de Lula foi um dos “maiores erros do Judiciário da história”, disse o ministro do Supremo Tribunal Federal – STF Dias Toffoli. Na decisão, anunciada nesta quarta-feira (06), o ministro anulou todas as provas das delações da Odebrecht no caso da Operação Lava Jato.

Dias Toffoli determinou o prazo de 10 dias para que a 13ª Vara Federal de Curitiba e o Ministério Público Federal do Paraná compartilhem todo o conteúdo relacionado ao “Acordo de Leniência” da Odebrecht com a defesa de Lula. Lembrando que todas as investigações no caso da Operação Lava Jato ocorreram na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Erro do Judiciário

Sobre o “erro histórico”, o ministro Toffoli citou que determinados agentes públicos, que visavam a conquista do Estado, agiram “por meio de desvio de função e conluio para atingir instituições, autoridades e empresas”.

“A gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior”, que completa: “digo sem medo de errar, foi o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à Democracia e às instituições.”

O ministro Dias Toffoli intimou a Advocacia Geral da União para que o órgão apure “para fins de responsabilização civil pelos danos causados pela União e por seus agentes em virtude da prática dos atos ilegais já decididos como tais nestes autos, sem prejuízo de outras providências, informando-se, a este juízo, eventuais ações de responsabilidade civil já ajuizadas em face da União ou de seus agentes”.

Por fim, Dias Toffoli determinou que sejam identificados os agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados ao “Acordo de Leniência”.

Na decisão, o pedido é para a Procuradoria-Geral da União, Ministério das Relações Exteriores, Ministério d Justiça, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, Receita Federal, Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público.

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