Depois de nove meses no campo positivo, a prévia da inflação está em queda de -0,07% em julho. A queda foi de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,04%). A estimativa do mercado apontava para a queda entre 0,02% a 0,03%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE.
A contração, segundo o instituto, veio pelo queda nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), depois da incorporação do Bônus de Itaipu. Esse bônus foi creditado nas faturas de julho. No ano, a alta acumulada é de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.
Houve queda nos preços do botijão de gás (-2,10%), que também puxou para baixo o grupo Habitação (-0,94%), esse foi um dos que mais impactaram o índice geral.
Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram. A alta foi consequência dos reajustes realizados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio.
Alimentos e os preços
Outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%).
Com a alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%). Já a refeição (0,17%) desacelerou na mesma comparação (0,28%).
Transportes e os preços dos combustíveis
O grupo de Transportes subiu em 0,63%, que foi puxada pela alta nos preços da gasolina (2,99%), com impacto de 0,14 p.p.. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.
Ainda em Transportes, as passagens aéreas estavam em 4,70%, mesmo depois de ter subido 10,70% em junho. Do lado das quedas, destacam-se o automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%). Na mesma linha estavam ônibus urbano (-0,72%), com o impacto da retração de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte (-5,17%), a partir de 8 de julho.
Quais áreas pesquisadas?
Seis das 11 áreas pesquisadas recuaram em julho. A maior inflação ficou com Porto Alegre (0,34%), por conta das altas da gasolina (3,78%) e da passagem aérea (13,87%). Já a deflação registrada em Goiânia (-0,52%), a maior entre os locais, foi relacionada à queda de 7,31% na energia elétrica residencial.
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