O Banco Central (BC) mudará o nome do seu projeto de Open Banking para Open Finance, uma vez que o sistema abarcará todos os produtos, afirmou nesta quinta-feira (3) o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
Segundo a Reuters, ele disse ainda que o open banking do Brasil será o mais amplo do mundo, em referência ao sistema que confere aos clientes de instituições financeiras o poder sobre seus dados cadastrais e de transações, como meio de abrir o acesso a serviços mais baratos e melhores.
O modelo começará a funcionar no fim deste ano e integra uma agenda institucional do BC para melhorar o sistema financeiro.
Volatilidade cambial
Campos Neto avaliou que a volatilidade cambial não afeta tanto as operações para o investidor no curto prazo, por conta de movimentos compensatórios.
“Se a volatilidade está em torno de 1 ponto e você tem muita compra e muita venda, tende a cancelar para um lado ou para o outro”, disse.
“O curto prazo eu não acho que afeta tanto”, completou. Ele participou de uma com o coagulador Abilio Diniz.
Campos voltou a dizer que uma parte da volatilidade cambial está ligada ao ambiente de juros baixos, também citando a mudança na estrutura de negociação dos contratos em real, com mais operações curtas e day trade.
BC: fundos
Ele também destacou que os fundos de investimento e os fundos de pensão na América Latina começaram a fazer mais negociação com a moeda brasileira, já que hoje o real é um hedge que custa menos.
Fatores internos e externos, portanto, têm gerado volatilidade maior, frisou. Segundo Campos Neto, ela tende a cair se o país mostrar responsabilidade no tema fiscal e das reformas, já que a volatilidade tende a se atenuar na detecção de fatores que causam risco.
Ele reconheceu que “obviamente” a volatilidade preocupa o BC e que o desejo é de que houvesse volatilidade menor. No entanto, voltou a frisar que intervir nesse fator é mais difícil do que intervir na questão da desvalorização cambial.