PMI de Serviços do Brasil cai para 48,7, diz S&P

Nas duas leituras os índices ficaram abaixo da marca de 50

O PMI de Serviços do Brasil caiu para 48,7 em setembro. O índice ajustado da S&P Global mostra o indicador abaixo da marca de 50,0 pela primeira vez desde fevereiro.

Apesar da queda de 50,6 em agosto para a marca mais baixa desde maio de 2021, a leitura mais recente indicou apenas uma ligeira taxa de redução. Os participantes da pesquisa atribuíram a queda a circunstâncias adversas nas vendas e retração da demanda.

“Os dados do PMI de setembro indicaram uma ausência de crescimento no setor de serviços do Brasil pela primeira vez desde fevereiro, uma vez que a redução dos investimentos no setor privado e a retração da demanda teriam restringido a captação de novos negócios”, disse a diretora Associada Econômica da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

Os provedores de serviços no Brasil sinalizaram condições operacionais desafiadoras em setembro, com a retração da demanda desencadeando a primeira queda em novos negócios em sete meses.

As empresas também reduziram o emprego e a atividade de serviços pela primeira vez desde fevereiro.

“As tendências de emprego ficaram negativas no final do terceiro trimestre, com cortes nos quadros de funcionários à medida que os provedores de serviços se ajustavam a circunstâncias adversas nas vendas e reduções nas carteiras de clientes. Apesar disso, o ritmo de demissões foi moderado no geral.”

Os custos dos insumos subiram a uma taxa muito semelhante àquela registrada em agosto, que ficou entre as mais fracas em mais de três anos. Na sequência, os preços cobrados por serviços aumentaram ao segundo ritmo mais lento já registrado desde o início da sequência atual de inflação, em novembro de 2020.

Consolidado

Caindo de 50,6 em agosto para 49,0, o Índice Consolidado PMI de atividade econômica do Brasil da S&P Global atingiu o nível mais baixo em 29 meses. Depois de restabelecimento do crescimento durante o mês de agosto, os dados de setembro mostraram uma ligeira contração na atividade econômica do setor privado brasileiro, em meio a quedas nas empresas do setor industrial e de serviços.

“A inflação dos preços de insumos diminuiu apenas discretamente em setembro, com os participantes da pesquisa PMI comentando sobre custos mais altos de combustíveis e transporte. Ainda assim, o último aumento foi um dos mais baixos em cerca de três anos e levou a um aumento modesto nos preços de venda, que também foi um dos mais lentos desde o final de 2020.”

Os novos pedidos também caíram tanto no setor industrial como no de serviços. Como resultado, as vendas agregadas diminuíram pela primeira vez em seis meses.

O emprego no setor privado permaneceu inalterado em setembro, uma vez que a criação de empregos no setor industrial foi contrabalançada pela redução dos quadros de funcionários nas empresas de serviços.

Ao nível consolidado, a inflação dos preços de insumos registrou uma aceleração que atingiu a maior alta em três meses, unicamente devido a pressões sobre os custos na economia de serviços, uma vez que os produtores de bens sinalizaram outra redução.

Os preços cobrados por produtos brasileiros caíram ainda mais, enquanto os preços dos serviços subiram. O resultado foi um aumento discreto dos preços cobrados ao nível consolidado, que foi o segundo mais lento em mais de três anos.

“Em meio às preocupações relacionadas a políticas públicas, as empresas do setor de serviços diminuíram suas expectativas de crescimento. No entanto, as expectativas de negócio permaneceram historicamente altas, à medida que as empresas esperam que taxas de juros mais baixas estimulem a demanda e, subsequentemente, aumentem o volume de novos negócios”, finalizou De Lima.

*Todas as informações são da S&P Global.

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