PIX Cobrança foi adiado para março; golpes preocupam usuários

A ferramenta do Pix que permite cobranças com vencimento em datas futuras, que deveria passar a valer em 4 de janeiro, só começará a funcionar em 15 de março de 2021, conforme determinação do Banco Central. A nova data foi estabelecida em uma Instrução Normativa nº 58 do BC, publicada no Diário Oficial da União.

A nova funcionalidade para pagamentos com data de vencimento futura permite que empresas ou microempreendedores gerem um código QR para as transações, como um boleto, só que sem o código de barras. Com esse novo formato, lojistas, fornecedores e prestadores de serviço poderão incluir – além do valor – juros, multas e descontos.

Diferença

Além da substituição do código de barras por um QR Code, a diferença do sistema é que o pagamento poderá ser feito em qualquer data e horário, e o valor entra rapidamente na conta do recebedor, a exemplo do PIX comum . Além disso, para empreendedores e microempreendedores, o PIX Cobrança é mais simples do que a emissão de boletos.

“Com o PIX Cobrança, os boletos ficarão cada vez mais obsoletos”, observa Alexandre Rodrigo, especialista da PROTESTE. O Banco Central não informou o motivo do adiamento.

Golpe no sistema

O Pix, sistema de pagamento eletrônico criado pelo Banco Central, está sendo vítima de um novo golpe, denunciou a fintech Nubank em seu site.

Segundo a empresa, criminosos especializados em golpes digitais vêm disseminando mensagens e vídeos sobre um suposto defeito (bug) no Pix que que permitiria ao usuário receber dinheiro em dobro na sua conta utilizando transferências eletrônicas com chave aleatória.

Nubank

De acordo com a Nubank, o esquema na verdade induz os usuários do novo recurso a transferirem dinheiro para as contas dos golpistas.

As mensagens chamam a atenção do internauta ao afirmarem que é possível fazer a transferência de dinheiro em dobro para uma conta Pix por causa de falhas no software ou nos sistemas dos bancos que usam o Pix.

“Na mensagem, os criminosos explicam que, para o bug funcionar, é preciso enviar dinheiro para determinadas chaves específicas – e, em seguida, eles compartilham supostos números que funcionam”, explica a Nubank.

Chaves

Mas, na verdade, as chaves são das contas dos próprios criminosos. “Quem transfere o dinheiro para as chaves para ‘testar’ se o bug funciona está, na verdade, mandando dinheiro para os golpistas”, alerta a fintech. “Em resumo: não existe o tal bug do Pix ou das chaves aleatórias. Os criminosos usam a chamada ‘engenharia social’, o fato de que a mensagem é chamativa e altamente compartilhável, para enganar as pessoas e receber transferências”, acrescenta.

Segundo a empresa, os vídeos, em especial, usam truques para convencer os incautos, exibindo uma transferência quando na verdade são feitas duas para mostrar o suposto resultado “em dobro”.

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