PIB: Consumo das Famílias sobe 0,9% no trimestre

Mercado de trabalho avança juntamente com o crédito

O consumo das famílias subiu 0,9% no segundo trimestre. É a maior alta desde o mesmo período do ano passado (1,6%). Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (01/09) pelo IBGE.

“Do lado positivo, o mercado de trabalho vem melhorando constantemente, há o crescimento do crédito e várias medidas governamentais como incentivos fiscais, vide redução de preços de automóveis, e os reajustes nos programas de transferência de renda, notadamente o Bolsa Família. Por outro lado, os juros seguem altos, o que dificulta o consumo de bens duráveis, e as famílias seguem endividadas porque, apesar do programa de renegociação de dívidas, elas levam um tempo para se recuperar”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Também frente ao trimestre anterior, o consumo do governo cresceu 0,7%, quarto resultado positivo seguido.

A Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, o cenário foi de estabilidade (0,1%). A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%). Esse indicador representa a parcela de investimentos no total da produção de bens e serviços finais produzidos no país. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais, o resultado é ligado à queda da produção interna de bens de capital, como são chamados os itens que são usados para produção de outros produtos por mais de um período, como máquinas e equipamentos.

No mesmo período, a taxa de poupança também caiu: passou de 18,4%, no segundo trimestre do ano passado, para 16,9% no mesmo período deste ano. “Esse resultado era esperado e já acontece desde o primeiro trimestre. Durante a pandemia, houve aumento porque as famílias de maior renda, por não poderem consumir certos serviços, pouparam esse dinheiro excedente. Com a normalização da demanda e oferta dos serviços, a taxa de poupança caiu”, explica.

No setor externo, houve crescimento tanto nas exportações de bens e serviços (2,9%) quanto nas importações (4,5%) frente ao primeiro trimestre deste ano.

Resumo do PIB do segundo trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9%, o resultado é menor do que o registrado no primeiro trimestre (1,8%). Com esse resultado, houve avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano. Nesse cenário, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, e atinge o ponto mais alto da série. O segundo maior patamar é o do trimestre anterior.

O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, totalizou R$ 2,651 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho.

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