Petrobras (PETR4) vai ampliar a Refinaria Abreu e Lima

Produção de diesel S10 será 13 milhões de litros por dia

A Petrobras (PETR4) vai ampliar a Refinaria Abreu e Lima (RNEST). A proposta é tornar o Brasil autosuficiente na produção de óleo diesel automotivo.

De acordo com a direção da petroleira, a geração de empregos prevista é de 30 mil diretos e indiretos e um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de diesel S10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional.

Esses são os números que a Petrobras e o governo federal projetam para a RNEST, que fica na cidade de Ipojuca, Pernambuco, com a confirmação da ampliação da unidade.

A cerimônia de retomada de investimentos acontece nesta quinta-feira (18/01), com presença do presidente da República, Lula da Silva, do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de representantes da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia (MME) e outras autoridades. Na ocasião também será lançado o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras.

Projeto no Plano Estratégico 2024-2028

O investimento no Projeto RNEST está previsto no Plano Estratégico 2024-28+ da Petrobras e faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Já em fase de contratação, a construção do Trem 2 da refinaria pernambucana tem data para finalização em 2028, quando ela passará a ter capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia. As obras do Trem 2 estão previstas para o segundo semestre de 2024.

Além da conclusão do Trem 2, o Projeto RNEST prevê a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. As obras desta parte já estão em andamento e a unidade começa a operar em 2024. Ainda esse ano também começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1 (Revamp), que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão do Revamp (ampliação) do Trem 1 é no primeiro trimestre de 2025.

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, os investimentos da Petrobras em refino, a exemplo da retomada das obras da RNEST, poderão contribuir, de forma rentável, para tornar o país autossuficiente na produção de combustíveis, reduzindo a demanda por importação. “Considerando todos os projetos previstos de adequação e o aprimoramento do parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística, a Petrobras estima um aumento de produção de diesel da ordem de 40% nos próximos anos”, adiantou Prates.

Nos próximos cinco anos, a Petrobras vai investir US$ 17 bilhões em projetos de refino, transporte e comercialização no Brasil para ampliar sua capacidade de produção de diesel e aumentar gradualmente a oferta de produtos para mercado de baixo carbono.

Refinaria Abreu e Lima

Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a RNEST tem relevância estratégica para a região e o país. “Esta refinaria é o principal hub da Petrobras nas Regiões Norte e Nordeste e tem fácil acesso por cabotagem aos mercados consumidores. Com a implantação do Trem 2, a Petrobras contribuirá para expandir a capacidade de refino nacional, viabilizando o aumento da produção de derivados como gasolina, GLP, nafta, mas principalmente diesel de baixo teor de enxofre (diesel S10), em atendimento às demandas do mercado, reduzindo a demanda por importação”, explicou o presidente Jean Paul Prates.

A Refinaria Abreu e Lima (RNEST) iniciou suas operações em 2014 com o primeiro conjunto de unidades (Trem I), 34 anos depois de construída a última refinaria da Petrobras. É a mais moderna refinaria já construída pela companhia e contribui para atender a demanda nacional por derivados de petróleo. Dentre todas as refinarias brasileiras, a RNEST apresenta a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%), combustível essencial para a circulação de produtos e riquezas do país.

Vale destacar que a RNEST foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato, que apontava o superfaturamento em sua obra de construção.

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