A Petrobras (PETR4) recebeu à vista R$ 2,94 bilhões devido a um acordo de coparticipação do campo de Búzios. O negócio foi feito através de um consórcio formado por diversas companhias chinesas.
O campo de Búzios fica na Bacia de Santos e é considerado pela empresa estatal como o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo. Sua área é 850 km quadrados, ou seja, o campo pode produzir, em média, cerca de 50 mil barris de petróleo por dia.
Negociações
As negociações para o fechamento do contrato de coparticipação começaram em 6 de novembro de 2019. Logo após a licitação dos direitos de exploração e produção do volume excedente da Cessão Onerosa.
Dessa forma, naquela época, a Petrobras ganhou 90% dos direitos de exploração e produção do volume excedente, em conjunto com a CNODC (5%) e a CNOOC (5%).
Portanto, o acordo da estatal com as companhias chinesas é parte de um plano para o desenvolvimento do campo. Entretanto, o contrato terá que ser aprovado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O propósito desse plano é realizar a instalação de 12 unidades para exploração até o final da década. Sendo assim, após o término da fase de desenvolvimento, a Petrobras prevê que o campo de Búzios produza mais de 2 milhões de barris de óleo por dia.
Dividendos mais altos?
Analistas enxergam a negociação do campo de Búzios de forma positiva para as ações da Petrobras. Isso porque, o pagamento chinês ajuda a empresa a atingir a meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões para 2022.
Portanto, a nova política de dividendos começa antes do final do ano de 2021, e isso pode ser um catalisador relevante para o case.
A companhia fechou o primeiro trimestre deste ano com uma dívida de US$ 71 bilhões. Dessa forma, ficando a cerca de US$ 11 bilhões de distância de atingir sua meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões, o que impulsiona uma política de dividendo mais alta.
Vale lembrar que em outubro de 2020, a Petrobras reavaliou sua política de pagamento de proventos. A nova proposta é que o pagamento seja compatível com a geração de caixa.