Petrobras (PETR4) prevê US$102 bi no Plano 2024-2028+

Plano estratégico foi aprovado pelo Conselho de Administração

A Petrobras (PETR4) prevê US$102 bilhões no Plano Estratégico de 2024-2028+. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração, em reunião realizada nesta quinta-feira (23).

Primeiro plano desta gestão, o PE 2024-28+ visa preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a companhia iniciando um processo de integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética justa e responsável. Nesse contexto, o novo Plano será implementado com atenção total às pessoas, à segurança e com respeito ao meio-ambiente, perpetuando valor para as gerações futuras, com foco na disciplina de capital e no compromisso de manter o endividamento da companhia sob controle.

“As commodities petróleo e gás natural seguirão como drivers preponderantes de valor, com resiliência econômica e ambiental, financiando a transição justa. Os investimentos rentáveis em baixo carbono ganham relevância para a geração de valor a longo prazo”, disse a companhia.

Investimentos (CAPEX)

O CAPEX previsto para o período 2024-2028 totaliza US$ 102 bilhões, 31% superior ao plano passado. Serão US$ 91 bilhões correspondentes a projetos em implantação (Carteira em Implantação) e US$ 11 bilhões compostos por projetos em avaliação (Carteira em Avaliação). No entanto, os valores estão sujeitos a estudos adicionais de financiamentos antes do início da contratação e execução.

O aumento do CAPEX está associado principalmente a novos projetos, incluindo potenciais aquisições; à ativos que estavam em desinvestimentos e voltaram para a carteira de investimentos da companhia; e à inflação de custos, que impactou toda a cadeia de suprimentos.

O CAPEX do segmento Exploração e Produção (E&P) representa 72% do total, seguido pelo Refino, Transporte e Comercialização (RTC) com 16%, Gás e Energia (G&E) e Baixo Carbono com 9% e o Corporativo com 3%.

Exploração e Produção

O CAPEX do E&P para o período 2024-2028 soma US$ 73 bilhões, com cerca de 67% destinados para o pré-sal, que tem grande diferencial competitivo econômico e ambiental, com produção de óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

“O segmento de E&P mantém sua relevância para a companhia com o foco estratégico em ativos rentáveis e investimentos compatíveis com uma visão de longo prazo alinhada à transição energética. Ao mesmo tempo, a companhia mantém grandes projetos de revitalização em águas profundas (REVIT), além de projetos complementares, a fim de aumentar os fatores de recuperação em campos maduros”, considerou a companhia.

No que tange à exploração, destinam-se US$ 7,5 bilhões no quinquênio, distribuídos da seguinte forma: US$ 3,1 bilhões para exploração na Margem Equatorial; US$ 3,1 bilhões destinados à exploração nas Bacias do Sudeste; e US$ 1,3 bilhão para outros países. Está incluída neste investimento a perfuração de cerca de 50 poços em áreas onde a companhia possui direito de exploração em blocos adquiridos.

Produção de óleo, LGN e gás natural

A curva de produção considera a entrada de 14 novas plataformas (FPSOs) no período 2024-2028, 10 das quais já contratadas. Está sendo construída uma nova geração de plataformas, mais modernas, mais tecnológicas, mais eficiente e com menores emissões.
Com este Plano, a Petrobras projeta atingir em cinco anos a produção de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia.

Em linha com o foco estratégico da companhia, as atividades de Exploração e Produção estão concentradas em ativos rentáveis. A produção do pré-sal representará 79% do total da companhia no final do quinquênio.

As projeções de produção de óleo, produção total e comercial de óleo e gás natural para 2024 foram acrescidas em aproximadamente 100 mil bpd/boed, na comparação com o plano anterior, considerando o bom desempenho dos campos, as previsões de ramp-ups e entrada de novos poços.

Nos anos de 2025 e 2026, a produção de óleo, produção total e comercial de óleo e gás natural encontram-se inferiores ao projetado no plano anterior em cerca de 100 mil bpd/boed. Esta diferença deve-se principalmente às condições atuais de mercado oriundas do contexto global, onde alguns sistemas de produção e projetos complementares de águas profundas tiveram seus cronogramas impactados.

As flutuações fazem parte da dinâmica da indústria, e estão dentro da faixa de incerteza divulgada no último plano. Para 2027, as projeções de produção de óleo e produção total e comercial de óleo e gás natural foram mantidas com relação ao plano anterior. Para o acompanhamento do Plano, considera-se uma margem de variação de +-4%.

A companhia detalha o Plano em teleconferência na segunda-feira (27).

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