A Petrobras (PETR4) informou que o atual presidente da companhia, Roberto Castello Branco, tem mandato vigente até 20 de março de 2021, ou seja, apenas mais um mês.
De acordo com documento encaminhado ao mercado nesta sexta-feira (19) à noite, os demais diretores da estatal também cumprem mandato até 20 de março de 2021.
Manifestação
A manifestação da petroleira está ligada ao movimento do presidente Jair Bolsonaro que também hoje, mais cedo, indicou o general Joaquim Silva e Luna para o cargo.
Ocorre que o presidente da República se irritou com os aumentos constantes por parte da petroleira que, pela quarta vez seguida, subiu o preço da gasolina e do gás de cozinha recentemente, provocando a reação e pressão de parte da sociedade.
Ainda no documento emitido pela Petrobras, a estatal conforma que recebeu ofício do governo indicando Luna e da necessidade de assembleia para tratar do assunto.
Petrobras: o caso
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (19) a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, como novo presidente da Petrobras (PETR4).
Se confirmado, Luna e Silva substituirá o atual chefe da estatal, Roberto Castello Branco, indicado por Bolsonaro após as eleições de 2018.
Petrobras: nota
O presidente Bolsonaro emitiu uma nota: “o governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”.
A nota foi publicada em rede social como uma imagem, com cabeçalho atribuído ao ministério de Minas e Energia. O texto foi publicado na página do ministério em seguida, quando Bolsonaro já havia feito a divulgação da troca.
Conselho da petroleira
Para que a substituição seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras. A estatal informou que o conselho tem reunião ordinária prevista para a próxima terça (23) – a pauta do encontro não foi divulgada.
O Conselho de Administração da estatal é composto por até onze membros. Sete deles são indicados pelo acionista controlador, que é a União; três nomes vêm dos outros acionistas, e o último é escolhido pelos empregados da Petrobras.
Se confirmado, Luna e Silva será o primeiro militar a assumir a da Petrobras desde 1989, quando o oficial da Marinha Orlando Galvão Filho deixou o cargo. A estatal foi comandada por militares durante a maior parte do período ditatorial e chegou a ser capitaneada entre 1969 e 1973 pelo general Ernesto Geisel, que viria a se tornar presidente da República nos cinco anos seguintes.
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