A Petrobras (PETR4) decidiu interromper o desenvolvimento do projeto de adequação de infraestrutura da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba (SP), informou a empresa em fato relevante na sexta-feira.
A estatal citou uma perda na atratividade econômica do projeto, afirmando que a avaliação seguiu premissas de seu novo plano estratégico 2021-2025, anunciado na semana passada, no qual cortou perspectivas de investimentos em 27% frente ao plano anterior.
Com a decisão, as licitações associadas que atenderiam ao projeto também foram canceladas, afirmou a petroleira.
“A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor de seu portfólio e com sua estratégia”, acrescentou.
Castello Branco
O presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, defendeu nesta quinta-feira (3) mudanças nas regras de exploração e produção do petróleo no Brasil, que classifica como pouco atraentes aos negócios. Para ele, o regime de partilha deve ser extinto. Castello Branco participou de bate-papo online do Rio Oil & Gas, o maior evento do setor de óleo e gás na América Latina.
“Acho que o arcabouço regulatório para a exploração de petróleo no Brasil tem que ser modificado”, defendeu Castello Branco. “O contrato de partilha é algo que não tem sentido econômico, não traz nenhum estímulo à eficiência, taxa demasiadamente os produtores de petróleo. Um negócio complicado. O mundo dos negócios não gosta de coisas complicadas, querem coisas claras, transparentes, simples”, disse.
PETR4: o regime
O regime de partilha foi instituído em 2010, após a descoberta do polígono do pré-sal, em 2007. As descobertas no pré-sal estão entre as mais importantes em todo o mundo na última década. Essa área é composta por grandes acumulações de óleo leve, de excelente qualidade e com alto valor comercial. Até então, todas as áreas eram concedidas sob o regime de concessão. Desde então, o país tem um regime regulatório misto.
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