Não adiantou Jair Bolsonaro reclamar e uma reunião entre ministros buscar uma solução, a Petrobras (PETR4) vai fazer fortes reajustes na gasolina, diesel e no GLP (gás liquefeito de petróleo), o primeiro em 57 dias. O conflito entre Rússia e Ucrânia jogou os preços do petróleo para cima e, por consequência, os preços no Brasil ficaram longe da referência mundial.
Agora, a Petrobras determinou uma alta que deverá fazer o preço médio de venda de um litro de gasolina para as distribuidoras pular de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 18,77%. No diesel, a alta é ainda maior: o salto é de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, alta de 24,93%. Já o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) vai saltar de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kilo, alta de 16,06%. Os novos preços entrarão em validade amanhã.
Essa forte alta vem alguns dias antes do congresso discutir medidas para conter a alta dos combustíveis, que estão cada vez mais impraticáveis para a população brasileira. Até segunda ordem, a Petrobras continua seguindo a política de paridade aos preços internacionais, e tem precisado importar gasolina para abastecer o mercado interno – a atual capacidade de refino brasileira não é o suficiente para tal.
As ações destoam do Ibovespa e sobem na manhã desta quinta-feira. Às 10h40 (horário de Brasília), PETR4 tem alta de 2,76%, para R$ 33,46, enquanto PETR3 sobe 2,19% aos R$ 35,44.
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