A Oi (OIBR3 e OIBR4) conseguiu aprovar no fim da noite desta terça-feira (8) seu novo plano de recuperação judicial, após uma assembleia virtual que durou doze horas.
Segundo O Globo, com o aval dos credores a companhia poderá levar adiante seu plano de venda de ativos, como a operação de telefonia móvel e parte da rede de fibra ótica, a InfraCo.
A empresa está em recuperação judicial desde 2016 e tinha aprovado um primeiro plano em 2017.
OIBR3: votação
Durante a votação da nova versão do plano, o sistema montado pela Oi para permitir que a assembleia com mais de cinco mil inscritos fosse feita pela internet apresentou “pico de acesso” no início do processo de voto, que durou quase uma hora.
Depois, foi informado que o problema na votação envolveu o sistema de alguns credores.
A votação foi dividida em quatro etapas, de acordo com o perfil dos créditos (trabalhista, microempresas, instituições financeiras, além do BNDES).
A maior resistência à nova versão do plano veio dos grandes bancos, insatisfeitos com a proposta de desconto no que têm a receber da tele.
Eles chegaram a pedir o adiamento da decisão por 30 dias.
OIBR3: o plano
Após um dia inteiro de negociações, com quatro interrupções das conversas, os credores começaram a votar logo depois de Rodrigo Abreu, presidente da Oi, apresentar mudanças na nova versão do plano.
As alterações foram feitas após uma rodada de negociações com os bancos ao longo da tarde de terça-feira.
A principal alteração envolveu a redução no corte do que os bancos têm a receber. O plano original propunha 60%, mas o corte passou para 55%.
OIBR3: mudanças técnicas
Entre as mudanças técnicas da nova versão do plano, a Oi disse que pode ainda constituir diferentes empresas móveis para viabilizar a segregação dos ativos e permitir uma venda mais rápida ao consórcio formado por Vivo, Claro e TIM.
E a oferta das três teles passa a ser classificada como “irrevogável e irretratável”.
Além disso, a Oi informou que parte do dinheiro gerado com a venda da operação móvel será destinada a quitar a dívida com o BNDES.
Veja OIBR3 na Bolsa:
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