Oi (OIBR3 e OIBR4) vende 57,9% da InfraCo para BTG Pactual (BPAC11) por R$ 12,9 bi; veja o futuro da empresa

A telecom permanecerá como sócia majoritária, com 42,1% da companhia

O leilão realizado pela Oi (OIBR3 e OIBR4), que aconteceu nesta quarta-feira (8), não teve concorrência. Assim, a venda de 57,9% da InfraCo ao BTG Pactual (BPAC11) concluiu-se por um valor de R$ 12,9 bilhões.

Apenas a proposta dos fundos em conjunto com a Globonet Cabos Submarinos foi apresentada, como já era esperado.

Como resultado, o leilão comandado pela sétima Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro durou em torno de dez minutos, com BTG Pactual vencedor.

Portanto, a Oi permanecerá como sócia minoritária, com 42,1% da companhia, e o BTG Pactual ficará com 57,9%. Por fim, o plano da InfraCo é abrir seu capital na Bolsa de Valores brasileira.

Entenda a compra do BTG Pactual

O processo da Oi para se desfazer da InfraCo, setor de fibra óptica da empresa, teve início no primeiro trimestre deste ano, quando recebeu os primeiros ativos para funcionar de forma independente.

O interesse do BTG Pactual em comprar a companhia começou em abril deste ano, quando apresentou uma proposta junto com a Globonet. Desta forma, tentando adquirir 57,9% do capital social votante da InfraCo, por R$12,9 bilhões.

Os recursos oferecidos no acordo são fundamentais para a Oi. Posto que, assim conseguiria seguir com planos de crescimento e reduzir as dívidas.

De acordo com o tribunal responsável pelo leilão, a previsão é de R$9,79 bilhões por 51% das ações do segmento de fibra óptica. Além disso, será desembolsado uma contribuição de R$3,14 bilhões para a companhia, que deverá ser devolvido em até 90 dias.

“Diante da ausência de outros habilitados, o Ministério Público e o administrador judicial opinaram favoravelmente à homologação da proposta vinculante ratificada pelos representantes do grupo financeiro”, disse o tribunal em comunicado.

Oi vende 57,9% da InfraCo para BTG Pactual

Caminhos da InfraCo

A previsão é de transformação da InfraCo em uma holding detentora de diversos ativos de infraestrutura, como fibra óptica, data centers e torres.

A propósito, a InfraCo deve atuar com ativos neutros. Ou seja, redes que podem conceder para qualquer operadora telefônica e banda larga. No entanto, a companhia não irá prestar serviços para um consumidor final, e sim para outras operadoras.