O fim da recuperação judicial que a operadora Oi (OIBR3 e OIBR4) enfrenta desde de junho de 2016, com dívidas que chegaram a R$ 65,4 bilhões, representa um dos maiores pedidos dos investidores.
No entanto, para a empresa seguir em frente em sua nova fase, é necessário a aprovação tanto Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quanto do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O fim da recuperação judicial estava previsto para encerrar na última segunda-feira (4), mas foi adiado pela justiça, passando a previsão para 30 de março de 2022. Isso porque é fundamental concluir a venda dos ativos da Oi antes.
Quase falência da empresa
Em suma, a empresa de telecomunicações Oi, considerada por muito tempo a maior concessionária de telefonia do país, se envolveu em um dos maiores casos de recuperação judicial da história do Brasil. Desde 2016, a companhia vem acumulando uma dívida de R$ 65 bilhões.
Logo, em dezembro de 2017, a operadora obteve uma aprovação referente ao seu plano de reestruturação. No entanto, este processo vem se arrastando até hoje, sendo prorrogado para o fim de março do ano que vem.
Desse modo, entre as razões para a empresa chegar nessa situação, estão a integração da Oi com a Portugal Telecom, Pegasus e a TNL. Na época da aquisição, as empresas já se encontravam recheadas de dívidas.
Além disso, houveram uma série de aplicações de multas através da Anatel, órgão regulador da companhia. Outro ponto levantado foram as regras de concessões mais específicas, que podem ter prejudicado a companhia e questões do próprio mercado.
Como funciona uma recuperação judicial?
Em resumo, a recuperação judicial é considerada uma medida extrema, que em muitos casos, assim como no da Oi, pode ser a única saída. Ou seja, um último recurso para ao menos evitar a falência da companhia.
A propósito, inicialmente, este processo visa evitar o fim de uma empresa ou organização. Em seguida, o intuito é buscar recuperar a parte econômica e financeira da companhia. Para assim, retomar suas atividades e gerar lucro, novamente, aos seus acionistas.
Portanto, a recuperação judicial busca a realização de um acordo com seus credores para pagar as dívidas e evitar a declaração de falência.
Vale destacar que o Brasil registra, normalmente, uma quantidade muito elevada de declarações de falência de empresas, como os índices do Sebrae apontam. Isso em razão da deficiência na gestão do processo no país.
Como a Oi sairá dessa?
Sendo assim, é possível analisar e fazer algumas previsões referente ao futuro da Oi. No entanto, somente o desenrolar do futuro poderá trazer, efetivamente, as respostas. A “Nova Oi” se propõe a ser diferente da antiga e muitos investidores depositam esperanças em sua volta por cima.
Em suma, a Oi visualiza sua recuperação até 2024, com foco total na fibra óptica. Portanto, a companhia estima um crescimento anual médio de 31% neste período. Contudo, a meta consiste em obter uma receita líquida entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões no ano em questão.
Além disso, o propósito da empresa é alcançar um total de 8 milhões de moradias até o fim do plano. No primeiro trimestre deste ano, ela registrou, ao todo, 2,5 milhões de domicílios.