A Oi (OIBR3 e OIBR4), empresa de telecomunicações que está em recuperação judicial, precificou sua oferta no mercado internacional de títulos de dívida na última terça-feira (27), emitidos pela Oi Móvel. O valor chegou a US$ 880 milhões, o equivalente a R$ 4,549 bilhões.
De acordo com o comunicado da operadora, os títulos emitidos têm garantias reais e fidejussórias. Portanto, a expectativa é que a emissão seja finalizada até o penúltimo dia deste mês. Dessa forma, a validade acaba dia 30 de julho de 2026, com juros remuneratórios semestrais de 8,75% ao ano.
Em suma, os recursos adquiridos através dos títulos lançados será direcionado ao pagamento das debêntures da primeira emissão da Oi Móvel. O vencimento da dívida é no começo do ano que vem, no valor principal de R$ 2,5 bilhões.
Plano estratégico da Oi
A receita líquida da empresa fechou em R$18,8 bilhões no ano passado, mesmo em fase de restauração e se desfazendo de seus ativos importantes.
O plano estratégico, que traça os anos de 2022 e 2024, destina o foco total à fibra óptica. Portanto, a companhia estima um crescimento anual médio de 31% neste período.
No entanto, a meta da Oi é obter uma receita entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões até 2024. Além disso, o propósito da companhia é alcançar um total de 8 milhões de moradias até o fim do plano. No primeiro trimestre deste ano, a mesma registrou, ao todo, 2,5 milhões de domicílios.
Com isso, a receita mensal por residência ficou avaliada em R$ 94 para 2024. Em suma, a dívida líquida/Ebitda traçado na estratégia é de R $1,9 bilhão a R$ 2,3 bilhões. Dessa forma, ficaria entre 13% e 15%.
Próximos capítulos
A princípio, após se dividir em 5 partes em 2020, a Oi iniciou o ano com o objetivo de encerrar seu processo de recuperação judicial. Dentre as 5 unidades repartidas (telefonia móvel, torres, data centers, TV por assinatura, e a InfraCo, que inclui a operação de fibra óptica), todas já estão leiloadas.
O primeiro leilão, da UPI de torres e da UPI de data centers, ocorreu dia 26 de novembro do ano passado e levantou R$ 1,4 bilhão. Em seguida, foi a vez do Oi móvel. A venda aconteceu dia 15 de dezembro, por R$ 16,5 bilhões, para a Claro, TIM e Vivo.
Por último, mas não menos importante, o leilão da InfraCo, que ocorreu dia 7 de julho de 2021. O banco BTG Pactual (BPAC11) adquiriu 57,9% da fatia por R$ 12,9 bilhões.